Tribuna do Leitor - 31 de maio de 2020

Na edição deste domingo, participações de Elizeu Ferreira dos Santos, Boanerges Silva Filho, Marcelo de Mattos e Paulo Sérgio de Souza

Por: Da Redação  -  31/05/20  -  12:35

Ode à loucura


Três são os caminhos que pode Jair Bolsonaro percorrer até sua destituição: 1) Investigação das denúncias de Moro (esse tem de passar pelo crivo do procurador-geral Augusto Aras (PGR) e da Câmara; 2) Impeachment (tem de ter aval e subscrição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia e; 3) Cassação da chapa Bolsonaro-Mourão (menos provável, porque decorre do prosseguimento da petição da Comissão Parlamentar de Inquérito que apura fake news durante a campanha presidencial de 2018. Mas, de todo modo, que um destes caminhos prospere para o bem da Nação. Não é normal enaltecer o discurso tresloucado do governo Bolsonaro e, por conseguinte, tentar fazer comparações, dizendo que em outros governos houve muita corrupção. De fato, houve corrupção, mas nada pode justificar a psicopatia de um presidente que põe em risco a vida de milhões de brasileiros ao liberar uma minuta - com a insigne do Ministério da Saúde, que aliás não tem ministro de fato - de um medicamento como a cloroquina; e que aposta na população armada como maneira de tornar o povo mais instruído ideologicamente e a par da democracia. Reparem que neste governo arma se alinha à democracia. Sabe-se que aqueles apoiadores, que ainda restam a Bolsonaro, entraram em êxtase ao ouvir os impropérios de seu representante na reunião do Conselho de Governo. O representante da loucura e do sectarismo fala a convertidos. Triste de nosso País, afunda-se na disseminação de dois vírus, um real e outro engendrado pela pior política do palácio do Planalto.


Elizeu Ferreira dos Santos - São Vicente


Solidariedade virtual


Por estarmos vivendo tempos de pandemia, aparelhos eletrônicos são usados para todas as necessidades. De acordo com as autoridades mundiais de saúde, é necessário ficar em casa, e temos que resolver quase tudo pela internet. Mas, é certo que nem todos têm a sua disposição grande variedade de aparelhos. E assim é importante praticarmos solidariedade nestes dias sombrios. Aqueles que possuem computadores, e têm facilidade em utilizar as tecnologias disponíveis atualmente, devem ajudar a quem precisa. Vamos chamar de solidariedade virtual a prestação de ajuda a vizinhos, amigos, parentes idosos, avós ou tios, para acessar a internet, preencher um cadastro, realizar compras em sites e outros. Tempo não é só dinheiro, é amor, que voltará em dobro quando se faz o bem.


Boanerges Silva Filho - Santos


Ética profissional


“Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã”. Para Drummond, o ato de escrever exige, além das mãos calcinadas de um pedreiro, o suor lavrado, posto que para o ofício poético não cabe o sal e diante dele a vida “é um sol estático”. Talvez, por isso, a literatura e o jornalismo sejam atividades da essencialidade do homem, da liberdade, da criação intelectual e da arte. Não são à toa, os reiterados insultos e agressões covardes a jornalistas e aos veículos de comunicação. Contrariar a mediocridade reinante de atos e discursos tem um alto preço. Todavia, a honradez e a ética profissional são imperiosas à liberdade de imprensa e ao exercício do jornalismo, sem concessões ao arbítrio. Citando o poeta Mia Couto: “No mundo que combato morro / no mundo por que luto nasço”.


Marcelo de Mattos - Santos


Valores fundamentais


Respeito e solidariedade caminham juntos a meu ver. Porém, neste momento tão difícil e delicado que estamos vivenciando, não tenho percebido esses valores morais tão essenciais em nossas vidas. Pergunto como pode ser que, em um momento tão crucial, algumas pessoas insistam em usar as máscaras de forma inadequada, ora no queixo, ora pendurada em uma das orelhas. Acorda, Brasil! Parabenizo aqueles que não se enquadram nestas situações porque, além de estarem agindo de acordo com as normas, também estão praticando educação e respeito ao próximo. Agora, quanto àqueles que não estão...sem comentários!


Paulo Sérgio de Souza - Santos


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