Tribuna do Leitor - 23 de agosto de 2020

Na edição desta sexta-feira (23), participações de Nadir de Souza Brito, Grupo de Proteção da Família e da Cidadania, Ester Ponzoni e Josemilton de S. e Silva

Por: Da Redação  -  23/08/20  -  13:03

Infância protegida


O Estatuto da Criança e do Adolescente completou 30 anos agora, em julho. Nesse período, consolidou-se como marco legal na Política de Proteção Integral para a população infanto-juvenil do País. Entretanto, é preciso lembrar que o ECA respondeu a um clamor da sociedade brasileira porque foi instituído em um período em que crianças eram diariamente assassinadas por grupos de extermínio. Passados 30 anos, nos deparamos com um País que ainda se nega, em muitos momentos, a enxergar e proteger suas crianças. O que dizer do agente do Estado, que invade uma residência no Rio de Janeiro e mata o menino João Pedro, de apenas 14 anos? O que dizer da mulher que deixa o pequeno Miguel sozinho, em um elevador. enquanto a mãe dele, sua empregada da mãe, estava cuidando dos animais da família? E o que dizer da menina de 10 anos, grávida, que desde os seis era estuprada pelo tio? A gravidez já interrompida, por decisão judicial, mas tivemos que lidar com a cegueira de pessoas que, não enxergando uma criança naquela menina, queriam impor a ela uma gestação causada pela violência sexual. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam que a cada hora, quatro meninas de zero a 13 anos são estupradas no Brasil. Uma vergonhosa tragédia social. Estes fatos estarrecedores demonstram o quanto nós precisamos olhar nossas crianças e jovens com mais afeto, respeito e atenção, garantindo, acima de tudo, que tenham uma infância protegida. 


Nadir de Souza Brito - Santos


Isolamento social


A Europa determinou medidas mais radicais de isolamento, com novos fechamentos e proibição de reuniões com mais de dez pessoas. O verão se aproxima no Brasil e devemos desde já seguir as recomendações da OMS., programando medidas mais severas diante do alarmante e crescente número de mortes por Covid-19 no Brasil. Reforçar as medidas de isolamento, com a proibição de atividades públicas, eventos e festas. Intensificar a fiscalização nos bares, restaurantes e shoppings. Manter tudo a distância como aulas, cultos, igrejas, cinemas, teatros, shows, atividades artísticas, culturais e esportivas. Suspender o Projeto Verão, limitar o turismo, eliminar a queima de fogos de artifício no final do ano e os desfiles de Carnaval. Suspender todas essas atividades até que a vacinação em massa seja aplicada. Vamos evitar o retorno à fase vermelha do Plano São Paulo, seguindo as orientações de distanciamento social. Não podemos relaxar pois, caso contrário, aumentarão muito mais o número de mortes e de contaminados no Brasil.


Grupo de Proteção da Família e da Cidadania - Santos


Absurdo e imoral


Enquanto milhões de trabalhadores lutam para ganhar o salário mínimo, três dirigentes de sindicato recebem entre R$ 30 e 35.000 mensalmente. São simples funcionários da Codesp, não são ministros, mas recebem salário de tal. Como a empresa é estatal, onera-se os cofres públicos. As diretorias anteriores fizeram vista grossa ao salário desses marajás.


Ester Ponzoni - Santos


Obras públicas


Nos anos 1950, o que mais se falava era na construção de uma ponte para ligar Guarujá a Santos. Houve até um candidato a vereador, que era ensacador e serralheiro, que fez uma maquete e a colocou em frente à estação das barcas, no lado Itapema. Naquela época, falava-se em obras colossais. Não se falava em viaduto na entrada da Cidade, como hoje. O que se vê hoje, em quase todas as cidades, são esses elevados que servem para colocar nome do político que estava no poder na época da construção, ou de algum parente dele, para que o povo se lembre nas futuras eleições. Estou com 70 anos de idade e, às vezes, me pergunto se ainda verei Guarujá ligada a Santos por uma ponte ou um túnel. Acho que não! Se dependesse só de um prefeito, seja de que lado fosse, de Guarujá ou de Santos, talvez ainda visse essa obra fora do papel. Quem sabe, num futuro distante, construam automóveis que se adaptem a voar, e não seja mais preciso obras públicas. 


Josemilton de S. e Silva - Guarujá


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