Tribuna do leitor - 2 de dezembro de 2020

Na edição desta quarta-feira (2), participações de Américo Hortas Filho, Rosângela Ribeiro Gil, Luiz Fernando Pettinati Homem de Bittencourt, Cláudio Magalhães e Marcelo Mattos

Por: Da Redação  -  02/12/20  -  14:50

Estatísticas


Rotineiramente, vemos notícias que citam o percentual de mortos de forma violenta por raças. Eu, branquela que sou, casado com mulher afrodescendente, vejo-me no direito de perguntar por que será que não informam o índice de mortos separado quanto a cor das pessoas? A informação seria muito mais completa. Por exemplo, um homem mata sua companheira; a vítima entrará na estatística de mulheres assassinadas e na da raça, mas não é especificada a raça do algoz. Creio que os profissionais da imprensa deveriam ser mais abrangentes ao citar estatísticas, para evitar conclusões deturpadas.
Américo Hortas Filho - Praia Grande


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Saúde respeitada


Quero aqui render meu sincero agradecimento ao professor e médico infectologista Marcos Caseiro pelas informações fundamentais sobre a Covid-19. Fui testada positivamente para o novo coronavírus. Depois de muitas idas e vindas, fui devidamente esclarecida pelo professor e, finalmente, finalizo a minha quarentena. Como destaca o professor Caseiro, a alma da medicina é o estudo, a pesquisa, a leitura e a literatura médica devidamente consagrada. Como em qualquer outra área, o conhecimento é constantemente renovado e, às vezes, alterado. Estendo este agradecimento aos profissionais da área de Saúde – médicos, enfermeiros e demais envolvidos – que fazem do seu ofício um quase sacerdócio em defesa da vida.
Rosângela Ribeiro Gil - Santos


Apagão no Amapá


O apagão de 21 dias ocorrido recentemente no Amapá acarretou grandes transtornos à população e perdas financeiras de monta, devido a total falta de energia. Independentemente de a empresa ser estatal ou concessionária, é um completo e total desrespeito para com os habitantes daquele estado, que pagam seus impostos como os demais brasileiros. Os governos do Amapá e federal são culpados pelo incidente pois não tomaram medidas emergenciais necessárias para acabar com o sofrimento dos amapaenses. Esse apagão me fez recordar da primeira colaboração que realizei para A Tribuna, há 20 anos, sobre o tema que deu origem ao termo no Brasil, que ocorreu em todo o território nacional, no governo FHC, em 1º de julho de 2001, por falta de planejamento e investimentos em geração de energia.
Luiz Fernando Pettinati Homem de Bittencourt - Santos


Abuso nas praias


Excelente a reportagem de Júnior Batista com o título "Não abra mão da máscara". É comprovado cientificamente que o uso de máscaras é um meio eficaz de combater a Covid-19 e evitar novas mortes e internações em UTI. Na mesma edição, o professor Caleb Soares alerta sobre os turistas desmascarados, que vão às praias e podem contaminar centenas de pessoas, e o advogado Uriel Villas Boas fala sobre o mesmo tema, a irresponsabilidade dos sem máscaras. O caso requer revisão do uso do espaço público e da faixa de areia, para evitar aglomerações e ausência de proteção adequada à Covid-19. Esperamos que Santos tome medidas mais enérgicas para que a lei seja cumprida em benefício da saúde coletiva.
Cláudio Magalhães - Santos


Dia Nacional do Samba


O termo samba tem origem kimbundo, uma das línguas falada em Angola. Por conta de um mistério ancestral e trama histórico, o primeiro registro musical do samba “Pelo Telefone” em 1916 é, como sabemos, do compositor Ernesto dos Santos, o Donga. O samba não é somente o mais criativo dos gêneros musicais brasileiros, mas o mais importante pela originalidade, força da sua linguagem harmônica e melódica. Esse gênero musical mescla elementos herdados da sua ancestralidade africana e da sua diversidade rítmica transpirante, integrando o elemento humano na temporalidade mítica que, ouso dizer, o projetam como o mais rico fenômeno musical universal. Samba é fruto das tradições africanas e afrobrasileiras, cuja preservação é um dever imperativo de consciência, sobretudo em um momento de perseguição aos terreiros, às religiões de matizes africanas e à brutal violência racial estimulada por um Estado totalitário. O samba ressurge e instaura como forma de expressão e construção de uma identidade, com impulso criativo de unidade, congraçamento e resistência cultural e política.
Marcelo Mattos - Santos


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