Comparecimento recorde
Mesmo não sendo obrigatório o voto nos Estados Unidos, merece registro e elogios o comparecimento recorde de eleitores no pleito que elegeu Joe Biden. Nem o risco da Covid-19, nem as longas filas, motivadas pelo complexo sistema eleitoral americano, inibiram o eleitor de exercer seu direito de voto. O que causa alguma estranheza entre nós é o fato do presidente ser eleito de forma indireta pelo povo, através do Colégio Eleitoral. Nem sempre o candidato que recebe o maior número de sufrágios é considerado o vencedor. Esse critério, embora esteja na Constituição e seja legal, não nos parece muito democrático. Afinal, em uma democracia o que deve prevalecer sempre é a vontade do povo.
ORLANDO MACHADO - SANTOS
Proteção da Amazônia
Joe Biden prometeu pressionar o governo brasileiro para conter desmatamento e as queimadas na Amazônia. Com a sua eleição, a relação com o Brasil deve ser mais tensa. Teremos quatro anos para saber se Biden vai realmente pressionar o governo para adotar políticas mais firmes de proteção à Amazônia ou não. Se adotar mesmo, será uma lição para nós.
CARMINE MARIO BUONFIGLIO - SANTOS
Vacina
Enquanto diferentes frentes ao redor do mundo trabalham incansavelmente em busca da vacina contra o novo coronavírus, algumas lideranças chegam a ser tão baixas e prejudiciais que comemoram a suspensão de testes, ao invés de incentivar e apoiar as pesquisas.
WAGNER FERNANDES GUARDIA - SÃO VICENTE
Condições de legislar
Mais de três mil candidatos espalhados pela Baixada Santista, sendo oitenta candidatos a prefeito. Sinceramente, acho que teremos que escolher o menos pior. Está ficando difícil escolher um candidato devido aos altos salários que os motivam. Alguns se candidatam mesmo sabendo que não têm a menor chance, com o simples intuito de familiarizar os eleitores com seus nomes para o próximo pleito. São tantos nomes para vereador que fica difícil escolher quem realmente tem condições para legislar. Será que os candidatos sabem que se forem eleitos, terão que fazer leis para seu município, e não só irão comparecer às seções? Acho que estas eleições, para mim, serão as últimas, por não ser mais obrigado a votar. Só voltarei a exercer o direito do voto se mudarem a legislação, através de um plebiscito, para termos eleições unificadas e facultativas em um só pleito e remuneração para os eleitos igual a que recebiam em seu emprego anterior.
JOSEMILTON DE S. E SILVA - GUARUJÁ
Corrida insana
É impressionante a desfaçatez do político brasileiro. Posso arriscar a dizer que não existe tanto político aproveitador e oportunista em nenhum outro país do mundo, como no Brasil. Nesse período que antecede às eleições, não se fala mais em covid-19. Onde está o Dória falando diariamente sobre os números da pandemia, sobre as etapas de flexibilização do Plano São Paulo? Claro que os interesses e a corrida insana pelo poder se sobrepõem a tudo, afinal, o pasto é muito bom. Porém, em que pese o silêncio disfarçado, os números estão aí, mostrando que não se trata de uma segunda onda, já que a primeira sequer terminou. A Baixada Santista voltou a ter números numa crescente preocupante. O percentual de ocupação dos leitos para Covid-19, da mesma forma, voltou a subir. Mas, pelo jeito, sendo o poder mais importante do que a própria vida, na visão dos governantes e seus discípulos, vale a pena arriscar o desdém para a doença. Vamos ver o que acontecerá após cada um abraçar o seu filé, sim, porque o osso fica para o povo, como sempre.
ANTONIO TADEU TORRES - SANTOS
Impunidade
Uma assassina, com a arma emprestada do namorado, que é da Polícia Militar, mata a amiga. Devido às eleições, os dois continuam soltos. O que vale mais? Uma vida ou dois votos? Brasil, o país da impunidade. Será que esses caras-de-pau, depois dessa atrocidade, terão coragem de sair de casa para votar e olhar no rosto das pessoas de bem? Que Deus tenha piedade de suas almas, se é que a possuem.
JOÃO HORÁCIO CARAMEZ - SANTOS