A Tribuna do Leitor - 6 de setembro de 2020

Na edição deste domingo (6), participações de Wagner Fernandes Guardia, Fernando Martins Braga, João Paulo Calife Vernieri e João Domingos Neto

Por: Da Redação  -  06/09/20  -  11:35

Centro agonizando


A revitalização do Centro de Santos é discutida há anos. Até hoje, nenhuma ação teve resultados consistentes. Muitas fichas foram jogadas e, no momento, a ficha é a linha do VLT chegando à região central. Seria mais uma ilusão? Diante do atual cenário e do tempo que passa sem nada de efetivo acontecer, não podemos mais tratar projetos para o Centro como de revitalização, mas, sim, de ressurreição. Enquanto o poder público age com celeridade para revitalizar áreas já vitalizadas como a Ponta da Praia e o Emissário, o Centro e a região do Mercado Municipal continuam agonizando. Muito se discute, muito se apresenta e nada se executa. Ressuscitar a região central de Santos não é somente uma questão de projeto paisagístico. Mas, primordialmente, gerar oportunidades e dignidade a tantas famílias que moram por lá.


Wagner Fernandes Guardia - São Vicente



Menos arrogância


Observando o que acontece no mundo, ficamos admirados do que ocorre em nosso país. Aqui, temos um dirigente que dizia ser a Covid-19 uma gripezinha, a exemplo de outros dirigentes mundiais, como Trump e Boris Johnson, que pagarão caro por esse descuido. Bolsonaro sempre fez questão de não usar máscara, em desconformidade com o seu ministro da Saúde, que seguia orientação da OMS. Não consigo entender por que, agora, com a epidemia matando muita gente, ele aparece usando máscara. Está com medo do contágio ou é só marketing? Realmente, não conseguimos entender qual é o seu pensamento. Gostaria que o nosso presidente causasse menos conflitos e mostrasse mais humildade, pois, com a sua arrogância, não nos levará a bom porto. Gostaria que ele se mirasse em pequenos países da Europa, que estão conseguindo, com muito cuidado, aliviar as restrições impostas pela pandemia.


Fernando Martins Braga - Santos


Certeza e questionamentos


Após ler os terríveis números sobre mortalidades de negros no período de 2008 a 2018, fico com uma certeza e dois questionamentos. A certeza: o aumento da mortalidade ocorreu durante um período em que o PT elegeu dois presidentes, Lula e Dilma, assim como vários governadores e prefeitos. Isso significa que muitos discursos progressistas e a criação de ministérios não resolveram o problema. Faltou, como gostavam de dizer, vontade política? Dúvidas: primeiro, por que pardos são incluídos como negros? Pardos não são negros nem brancos, assim como o verde não é nem azul, nem amarelo. Qual o critério? Segundo, e talvez a mais importante dúvida: todo crime tem uma vítima e um criminoso. Só ouço falar das vítimas, mas gostaria de ter detalhes sobre quem está matando esses negros. Estão sendo mortos pela polícia? Por guerra de gangues? Vítimas de assalto? Vale lembrar que o movimento pela legalização do aborto mira justamente essa população, que é composta por jovens negros e pobres e as origens eugênicas de ONGs, como a Planet Parenthood, não podem ser escondidas. Quantas meninas negras foram mortas no ventre de suas mães?


João Paulo Calife Vernieri - Santos


Questão sanitária


De tempos em tempos, o assunto pombos é levado à discussão na Câmara de Santos. Agora, o projeto propõe que sejam fechadas as aberturas externas dos aparelhos de ar-condicionado, para impedir alojamento dos pombos nesses locais, prevendo multa para quem não cumprir a lei. Mais uma vez, nossos vereadores não atentam para o ponto crucial, que é a questão sanitária. As fezes dos pombos causam várias doenças ao ser humano e isto não é discutido. O legislador preocupa-se em punir o contribuinte e não em tratar do assunto como uma questão de saúde pública. A população de pombos em Santos, brevemente, suplantará a de seres humanos. O que precisa ser feito é o controle de natalidade dos pombos, através de anticoncepcionais, e uma campanha pública para que a população não os alimente, para que não deixem de ser aves silvestres e se tornem urbanas.


João Domingos Neto - Santos


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