Benefícios da IA no setor público

Rafael Almeida Fernandez Soto. Diretor de Desenvolvimento de Sistemas da Prodesp

Por: Rafael Almeida Fernandez Soto  -  27/03/24  -  06:30
  Foto: FreePik

Fundamental para as instituições governamentais agilizarem seus processos e torná-los mais transparentes, a aplicação da inteligência artificial (IA) pode ser vantajosa para órgãos, entidades públicas e sobretudo para a população paulista. Os sistemas alimentados por machine learning garantem êxito das aplicações e são capazes de promover melhorias aos usuários dos serviços.


Uma recente pesquisa da Fundação Seade analisou o uso de serviços eletrônicos oferecidos pelo Governo de São Paulo entre os residentes no Estado. Os resultados revelaram que 40% dos paulistas acessaram opções digitais pela internet em 2023; e que nove em cada dez usuários afirmaram que poderiam utilizar novamente esses canais. Figuram entre os serviços mais buscados o Poupatempo (74%) e o Detran-SP (59%) – ambas com tecnologias desenvolvidas pela Prodesp.


Ainda de acordo com a pesquisa, entre 2021 e 2023 aumentaram as proporções de consumo de serviços digitais por usuários de menor escolaridade e situados em famílias mais pobres que acessaram a internet. Uma hipótese a ser considerada é que esse público prefere o atendimento presencial e consultou a web apenas para obtenção de informações necessárias.


Considerando-se somente o acesso à internet para realização de serviços em 2023, os mais mencionados foram agendar atendimento (36%), emitir boletos, certidões ou licenças (25%), fazer inscrições ou matrículas (5%) e fazer reclamações (5%). Os demais 30% acessaram outros serviços.


Para a realidade da Prodesp, o que dizem essas informações? Que é importante preparar as equipes para entender os dados e extrair informações com precisão. Saber o que retirar da base de informações e oferecer melhores serviços de inteligência estratégica para órgãos estaduais e prefeituras são contribuições que a Companhia pode oferecer com excelência para seus clientes.


Compilar dados ou facilitar a troca de informações entre diferentes áreas não é o bastante. Pois quanto mais dados a IA absorve, mais assertivo é o conhecimento que ela desenvolve. Desse modo, mais que ter o ativo da informação, é necessário saber o que fazer com isso.


Há um trabalho de governança de dados, e é preciso fazer as perguntas certas para que a IA responda de forma adequada. Capacitar profissionais para atrair recursos se faz fundamental para atender as necessidades dos nossos parceiros. Há cada vez mais exigência em relação a dados e oportunidades estratégicas de informação para tomadas de decisão.


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