O avanço do coronavírus no Brasil nos mostrou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar quem mais necessita e, no nosso caso, isso corresponde a 75% da população. Esse sistema é formado por gente gabaritada para definir políticas públicas de enfrentamento a epidemias e tratar os doentes.
Estamos falando de profissionais altamente capacitados para agirem em momentos de crise e especializados em saúde pública. O aumento gradativo dos casos de Covid-19 nos mostra, também, que é hora de fortalecer o SUS para evitar o colapso que pode vir no pico da epidemia, conforme o Ministério da Saúde apontou.
Estudos de cientistas do mundo todo e estimativas feitas pelos técnicos do Ministério da Saúde mostram a necessidade de investir em compra de respiradores e outros equipamentos, criação de leitos e insumos como máscaras, luvas e álcool em gel para estarmos devidamente preparados e conseguirmos salvar vidas quando a epidemia atingir o seu auge por aqui. Por isso, todo e qualquer reforço nos caixas do SUS é imprescindível para o sucesso do combate ao maior desafio da saúde pública que nosso país já teve.
Pensando nisso, protocolei, na semana passada, um projeto de lei que pretende cortar em 50% os salários dos deputados estaduais, dos secretários de estado, do governador e do vice-governador enquanto durar a epidemia. Para enfrenta-la, a medida se faz urgente e poderia reforçar o cofre do SUS em até R$ 1,47 milhão por mês.
É um reforço que permitirá comprar respiradores, equipamentos de proteção e até mesmo montar leitos de UTI. A Alesp teria a sua chance de contribuir ainda mais para que o estado lide com um dos mais sérios problemas já enfrentados por esta geração.
Ao mesmo tempo, venho defendendo a utilização do fundo eleitoral, que serve para financiar as campanhas políticas, no combate à epidemia. A medida permitiria adicionar reforço de R$ 2,034 bilhões do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas (FEFC) aos cofres do Ministério da Saúde. Todos os esforços devem estar concentrados no combate a esse mal.
Já contamos com o apoio da população, que vem respeitando as determinações dos governos e do Ministério da Saúde; contamos com a inestimável atuação dos nossos cientistas, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais profissionais de saúde; contamos com a ajuda fundamental das Forças Armadas e com o apoio de todos os trabalhadores que, por desempenharem função essencial ao funcionamento da sociedade, não podem se isolar para protegerem a si mesmos e às suas famílias.
Num momento em que a economia sofre as consequências da pandemia, todos nós temos que dar nossa contribuição. O Brasil vai superar essa crise e voltaremos a crescer. Enquanto isso não acontece, cabe a nós seguirmos as recomendações da Organização Mundial de Saúde, as orientações do nosso ministro da Saúde e fazermos a nossa parte. Todos teremos que nos sacrificar em nome do país e do nosso povo. E os políticos não hesitarão em dar a sua contribuição.