É preciso unir forças contra o coronavírus

Proteger-se, num momento de epidemia, não é apenas cuidar de si, mas evitar que amigos, familiares e toda a sociedade adoeçam

Por: Tenente Coimbra  -  17/03/20  -  09:00
Atualizado em 19/04/21 - 19:24
 Resultados têm demorado até 20 dias para sair, o que atrapalha o andamentos dos serviços
Resultados têm demorado até 20 dias para sair, o que atrapalha o andamentos dos serviços   Foto: Divulgação

Vencer o coronavírus é uma tarefa coletiva, de todos os brasileiros. Proteger-se, num momento de epidemia, não é apenas cuidar de si, mas evitar que amigos, familiares e toda a sociedade adoeçam. E isso é fundamental para que o nosso Sistema Único de Saúde (SUS) consiga atender a todos os casos graves, evitando o cenário que se desenhou na Itália, por exemplo, onde faltaram respiradores e o número de mortes tem sido alto.


O Ministério da Saúde vem acompanhando a evolução dos casos e iniciou a preparação para oferecer atendimento adequado à população. Esse planejamento vem permitindo que o nosso país possa tomar uma postura preventiva contra a ameaça, especialmente grave em idosos, cardíacos, asmáticos e pessoas imunodeprimidas, entre outros que compõem o grupo de risco.


O Brasil, que tem 75% da população dependendo do SUS, precisa seguir bons exemplos e aprender com os acertos que vieram de países como a Coreia do Sul, que investiu em uma estratégia que combina informações ao público, participação da população e uma campanha de testes em massa. A busca ativa por pessoas vulneráveis à contaminação foi um dos atos tomados pelo governo sul-coreano: o país fez 10 mil testes por dia, o que possibilitou enfrentar as fontes de infecção muito cedo.


A China deu seu bom exemplo construindo hospitais em apenas 10 dias para atender à alta demanda. Adotando medidas de isolamento, conseguiu controlar o avanço da doença e viu cair o número de novos casos e de complicações com mortes.


Segundo o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, testar todos os casos suspeitos e isolamento social são fatores determinantes para uma estratégia de sucesso contra a pandemia.


Os casos de países em que os governos demoraram a agir e a epidemia tomou contornos dramáticos, como a Itália, também têm que servir de parâmetro para que o governo planeje suas ações e, assim, evite cometer os mesmos erros.


Graças a essa atuação e planejamento preventivos, o Governo Federal, em conjunto com os estados, está se adiantando nas medidas de prevenção, como a suspensão de aulas em alguns estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, para evitar que as crianças transmitam o vírus a um número maior de pessoas.


Segundo a OMS, essa medida de contenção é fundamental para que a rede pública de saúde não fique sobrecarregada quando a epidemia atingir o seu pico. Não se trata de alarmismo, mas de agir preventivamente, como tem que ser quando o assunto é a saúde pública.


Acabar com essa epidemia é dever de todos: reforçando a higienização das mãos, mantendo o distanciamento social para evitar o contágio e, sobretudo, seguindo as recomendações dos órgãos oficiais de saúde e governos federal e estaduais, que vêm trabalhando no enfrentamento a essa epidemia.


Cabe a nós provarmos que somos empáticos e solidários e agirmos para nos proteger e protegermos a todos.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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