O governo brasileiro tomou uma decisão desastrosa décadas atrás!
Na contramão das nações mais avançadas do mundo, deixou de incentivar e investir em ferrovias no país.
A partir dos anos 50, o Brasil passou a privilegiar estradas e o mercado automobilístico.
As estradas de ferro, que começaram a ser construídas em 1854 pelo Barão de Mauá, caíram no ostracismo.
Hoje, a extensão da nossa malha ferroviária é a mesma de 100 anos atrás.
Temos 30 mil quilômetros de trilhos, enquanto a vizinha Argentina, com um terço do nosso território, tem 37 mil quilômetros.
Alguém vai dizer que o Brasil é um país de dimensões continentais, difíceis de serem interligadas por ferrovias.
Não é verdade, países maiores como Estados Unidos, Canadá, Rússia e China estão unidos de uma ponta a outra pelos trilhos, e possuem uma impressionante rede de trens regionais.
Os trens são uma questão de prioridade de investimento.
E isso não acontece mais por aqui. São raros os aportes financeiros em ferrovias.
O exemplo bate à nossa porta: aqui na região, temos a estrada de ferro que liga Santos a Cajati, no Vale do Ribeira.
A linha operou entre 1915 e 2002.
Hoje, está desativada e praticamente sucateada, com áreas invadidas, estações destruídas, trechos com trilhos roubados e muito mato.
A empresa, que detém a concessão deste trecho, alega que não existe interesse econômico para reativar a operação dos trens.
A solução é discutida há tempos por técnicos e políticos, mas continua praticamente “parada na estação”.
Eu acredito que é hora de mudar este cenário.
No Congresso, apresentei o Projeto de Lei 5.232/2019, que institui o Regime Tributário para o Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura da Mobilidade sobre Trilhos (REMOBI).
Com isso, pretendo incentivar o transporte de cargas e de passageiros por meio de trens no Brasil.
A proposta visa promover a redução tarifária, a desoneração tributária do setor e a expansão da malha ferroviária em todo território nacional.
Assim, teremos passagens e fretes mais baratos para todos.
Uma das consequências diretas do aumento das ferrovias será a redução do número de caminhões nas rodovias.
Além disso, conseguiremos a redução da queima de combustíveis fósseis, cujo processo contribui muito para a emissão de gases poluentes na atmosfera, uma das causas do aquecimento global.
Há mais de 25 anos uma fábrica de trilhos não é instalada no Brasil.
Entendo que a chegou a hora de mudar este cenário!
Os trens estão no imaginário e no coração do povo brasileiro. Este projeto pode ser uma chance real de trazer de volta a alegria e o avanço econômico que os trilhos e as locomotivas podem proporcionar!