Garantir empregos para nossa região
Participei da audiência pública quando começaram os debates e sobre a privatização da gestão do Porto de Santos
Participei da audiência pública, quinta-feira, na Associação Comercial de Santos, promovida pela Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), quando começaram os debates e os esclarecimentos sobre a privatização da gestão do Porto de Santos.
Fui pedir atenção às categorias portuárias e também à Guarda Portuária. Estou preocupada com a manutenção dos empregos de todos que já trabalham no Porto. Pedi também cursos de formação de mão de obra para que os novos empregos que virão sejam ocupados pelos moradores da nossa região.
As informações dão conta de que a Baixada se tornará um canteiro de obras com os investimentos de R$ 18,55 bilhões, que estão previstos nos 35 anos da concessão ao privado que vencer a disputa para fazer a gestão do Porto, que hoje está a cargo da Santos Port Authority (SPA) .
Os estudos mostram que o Porto, que hoje movimenta 130 milhões de toneladas, vai saltar para 290 milhões de toneladas/ano. Haverá um aumento no calado para até 18 metros de profundidade para receber navios de até 400 metros. Novos acessos ferroviários vão permitir a chegada de trens com até 120 vagões.
Teremos também a construção do túnel Santos-Guarujá, com aporte de R$ 3 bilhões por parte do novo gestor do maior porto da América do Sul. O Ministério da Infraestrutura informou que será aberto um túnel ligando as zonas Noroeste à Leste, em Santos.
Como está prevista a saturação do Sistema Anchieta-Imigrantes até 2035, deverá ser aberta uma rodovia ligando Suzano e o Rodoanel-Leste à margem esquerda do Porto de Santos.
Certamente vão acontecer muitas obras. Se somados outros investimentos, o Governo Federal estima que até R$ 30 bilhões serão aportados na nossa região nas próximas décadas.
São noticias boas. Afinal, precisamos de empregos. Mas trazem também um enorme desafio, que é o de garantir que estes novos postos de trabalho sejam ocupados pelos moradores da Baixada Santista, do Litoral e do Vale do Ribeira.
A licitação da gestão do Porto será aberta em novembro. Embora o secretário Nacional dos Portos, Diogo Piloni, tenha garantindo que os contratos de trabalho serão mantidos no Porto, ele mesmo concordou que o maior desafio será preparar a nossa mão de obra para os novos empregos.
Por isso pedi um programa urgente de formação profissional, envolvendo as universidades da região. Caso não tenhamos pessoal capacitado, corremos um risco de sofrer um intenso processo migratório de pessoas vindas de todo o País para ocupar as novas vagas.
Não temos muito tempo para treinar tanta gente que hoje está desempregada. Pedirei recursos ao Governo Federal para a criação destes cursos.
