Situação inusitada no futebol brasileiro

Presidente da CBF pretende que todos os campeonatos regionais tenham seu término de acordo com seus próprios regulamentos. Isso pode obrigar a extensão do calendário para o início de 2021

Por: Roberto Monteiro  -  13/04/20  -  12:23
Atualizado em 13/04/20 - 12:28
  Foto: Divulgação/CBF

Amigos, o paulistano Rogério Caboclo está completando um ano como presidente da CBF em meio a total paralisação do mundo do esporte por causa da pandemia de coronavirus. Ele pretende que todos os campeonatos regionais tenham seu término de acordo com seus próprios regulamentos, apesar da indefinida data para a volta do futebol aos campos de jogo.


A CBF está aberta a auxiliar clubes e federações nesta situação, tendo reservado R$ 19 milhões para serem divididos entre os clubes das Séries C e D, e ainda para as componentes das duas séries do Futebol Feminino. Para as Federaçõesm, a entidade deve distribuir outros 3 milhões de reais.


Em São Paulo, maior centro esportivo do país, as três principais séries de nosso futebol aguardam por essa definição com muita expectativa. Até porque a maioria dia contratos de atletas e treinadores já terminou ou está perto de terminar, o que seria um transtorno para a retomada das competições em curto prazo.


Na Série A1, o líder Santo André está sem elenco para voltar a competição e torce para que se chegue a um consenso de ser declarado campeão estadual pela melhor campanha até aqui, faltando serem disputadas duas rodadas para o final da primeira fase. Resta definir se haverá, também, o congelamento no rebaixamento, o que salvaria Ponte Preta e Botafogo.


Na Série A2, o líder São Bernardo aguarda se haverá o octogonal decisivo da disputa, além do próprio rebaixamento ou não de duas equipes.


O Noroeste, com grande campanha, comanda a Série A3 e curiosamente as duas equipes promovidas a Primeira Divisão no ano passado estão na zona do rebaixamento: Marília e Paulista.


Muitas coisas devem ser adiantadas no decorrer dessa semana. Inclusive a definição dos valores que ainda estão pendentes das cotas de televisão.


Ou seja, para que as Federações atendam o anseio da CBF será necessário tempo hábil para se comportar as datas todas que ainda necessitam ser cumpridas na temporada. Isso pode obrigar, até mesmo, uma mudança de regulamentos ou extensão do calendário nacional para o início de 2021. Situação inusitada no futebol brasileiro.


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