Revolução tecnológica: lições de Israel para o Porto de Santos e além
Israel se tornou um símbolo de inovação, resiliência e visão de futuro
Quando embarquei para Israel, na Missão Internacional Porto & Mar Brasil-Israel 2023, organizada pelo Grupo Tribuna, sabia que seria uma experiência transformadora. Agradeço a todos por tornarem essa jornada possível. Israel é a nação mais inovadora do mundo e eu, como empreendedor e professor, estava ansioso para entender como eles cultivam essa cultura de inovação.
Israel, uma joia brilhante no coração do Oriente Médio, é mais do que um país. Tornou-se um símbolo de inovação, resiliência e visão de futuro. Esta pequena nação desértica, que transformou cada grão de areia em uma oportunidade, carrega consigo o título de país mais inovador do mundo.
Graças ao brilho de milhares de startups e investimentos sem precedentes em pesquisa e desenvolvimento, Israel é um farol de progresso que ilumina o caminho para outras nações. A inovação não é apenas um conceito para Israel, é uma forma de vida, entrelaçada à própria essência do país. É uma lição que todos nós, especialmente no Brasil e em Santos, temos muito a aprender.
Na viagem, visitei startups, conversei com empreendedores e vi como a inovação está entrelaçada em sua rotina. Foi uma epifania ver como eles abraçam a falha, considerando-a um degrau para o sucesso, embora acredite que precisamos equilibrar esse aspecto com uma abordagem de experimentação calculada. Interessante notar que o governo local é o principal financiador das startups, um cenário diferente do Brasil. Devemos nos inspirar nesse apoio, mas com um enfoque maior no capital privado.
Destaco a visita ao Porto de Ashdod, que possui um hub de startups integrado, bem como o Terminal de Contêineres de Hadarom (HCT, na sigla em inglês), que brilha com tecnologia de ponta e operações remotas de guindastes. Inovações assim determinam o futuro da logística portuária. Santos, como o maior porto da América Latina, pode se inspirar nesses modelos.
Porém, a viagem não se limitou a isso. Visitamos o Peres Center for Peace and Innovation, um museu que exalta as inovações israelenses. Participamos de rodadas de negócios com startups e visitamos empresas de alta tecnologia, como Innoviz e Mobileye, que estão na vanguarda da tecnologia para veículos autônomos. Tudo isso em meio a importantes executivos e autoridades do setor portuário brasileiro, enriquecendo ainda mais nossa percepção e discussões.
Retorno ao Brasil com uma visão ampliada. Precisamos nutrir uma mentalidade de inovação e empreendedorismo, tal como Israel faz. Para isso, conto com você, leitor. Vamos juntos transformar Santos em um celeiro de inovação. Israel nos mostrou o caminho, agora é nossa vez. Finalizo este artigo agradecendo ao Grupo Tribuna. Essa jornada foi um presente inestimável. Acredito firmemente que, com as lições aprendidas, temos a capacidade de mudar o Porto de Santos para melhor.
