Santos poderia jogar sempre assim

Alvinegro foi dominante contra o Palmeiras e não sofreu em nenhum momento com o adversário durante o clássico na Vila Belmiro

Por: Bruno Gutierrez & De A Tribuna On-line &  -  10/10/19  -  18:55
Atualizado em 10/10/19 - 19:04
Noite foi de festa e boa atuação do Santos na Vila Belmiro
Noite foi de festa e boa atuação do Santos na Vila Belmiro   Foto: Ivan Storti/Santos FC

Superior e dominante. Preciso na hora dos ataques e sabendo defender. Além de tudo, administrando a posse de bola e o tempo com paciência, deixando o nervosismo para o lado adversário. O Santos poderia atuar mais vezes da mesma maneira como foi contra o Palmeiras.


Algumas características são as mesmas de antes. Um time que imprime velocidade, que pressiona o adversário, força o erro, recupera a bola e parte para cima. Controla a partida e dita o ritmo. 


Já, no clássico da última quarta-feira (9), na Vila Belmiro, parece que alguns pontos foram corrigidos. O primeiro foi a defesa. Por meses, os comandados de Jorge Sampaoli atacaram sem se preocupar com a defesa. Isso gerava calafrios na defesa santista e, por vezes, comprometeu um resultado importante. Derrotas marcantes para Ituano e Palmeiras, por exemplo, expuseram um sistema defensivo frágil.


Novamente contra o Palmeiras, isso não foi mais notado. Mesmo abdicando do clássico volante de marcação, que fica postado à frente da linha de zagueiros, o Peixe soube marcar, diminuir espaços e fazer coberturas. E contou, por muitas vezes, com os 11 jogadores para que isso desse certo. 


Pará, tão questionado quanto Victor Ferraz, foi seguro. Gustavo Henrique, que cometeu diversas pixotadas nos últimos jogos, também foi bem. Diego Pituca, Carlos Sánchez... Até Marinho corria o campo todo para acompanhar o jogador adversário.


Outro ponto corrigido por Sampaoli foi a "afobação". O Santos foi inflado pela imprensa por sempre visar o gol. E isso também rendeu péssimos resultados, como o empate, em casa, contra o Fortaleza. 


Tem que buscar o gol, e se o jogo permitir, cada vez mais. Golear o adversário não é desrespeito. Mas é preciso saber a hora de cadenciar a partida, levar o duelo sem sustos. Dominar e forçar o adversário ao erro.


Na quarta-feira foi assim. Mesmo com um a mais, contra o Palmeiras, o time soube dosar o volume de jogo. Tocou a bola, rodou o time, tentou achar espaços. Uma pressão ofensiva, só quando possível. Sem forçar, sem perder a bola em regiões frágeis, sem permitir contra-ataques. 


Veio o "olé", veio a irritação palmeirense e veio a festa alvinegra. Tudo na medida certa. Vitória, vice-liderança, boas atuações, torcida feliz.


O Santos poderia jogar sempre assim.


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