Oscilação do Santos é natural, mas é preciso estar alerta

Alvinegro volta a jogar mal contra o Delfín e mostra que precisa de mais consistência para os jogos decisivos que virão pela frente

Por: Régis Querino  -  11/03/20  -  03:02
Assim como o time, o atacante Soteldo também tem oscilado neste início de temporada
Assim como o time, o atacante Soteldo também tem oscilado neste início de temporada   Foto: Matheus Tagé/AT

Quando os santistas já se empolgavam com a sequência de três bons jogos da equipe (Palmeiras, Defensa y Justicia e Mirassol), eis que o Santos voltou a entrar no modo “início de temporada” na noite desta terça (10), na Vila Belmiro, pela Copa Libertadores. 


Menos mal que, apesar da atuação ruim contra o Delfín, do Equador, Lucas Veríssimo garantiu a vitória com um gol de cabeça, em mais um lançamento preciso do mastro Carlos Sánchez.


Resultado que deixou a equipe com folga na liderança do Grupo G (6 pontos, contra 1 ponto de Olímpia e Delfín, além do Defensa y Justicia, que ainda não pontuou). E com a classificação encaminhada às oitavas de final da competição sul-americana. 


Não sei se foi a Vila Belmiro vazia, em razão da punição da Conmebol, resquício daquela confusão em Santos x Independiente pela Libertadores 2018, no Pacaembu. Ou se foi o cansaço do time, que vem enfrentando uma maratona de jogos neste mês de março.


Mas a verdade é que o Alvinegro voltou a jogar naquela rotação que irritou a torcida, com razão, nas sete primeiras rodadas do Campeonato Paulista. Lento, sem ímpeto ofensivo, errando muitos passes e com pouca inspiração. 


Fosse nesta terça (10) um adversário mais qualificado do que o Delfín e o Santos poderia ter amargado um resultado ruim, que jogaria por terra a bela vitória na estreia, por 2 a 1, de virada, sobre o Defensa y Justicia, na Argentina. 


Oscilação natural, mas perigosa


Após apenas dois meses de trabalho, é natural que a equipe oscile entre um jogo e outro. O técnico Jesualdo Ferreira vem frisando isso a toda entrevista. Mas é preciso encontrar logo o equilíbrio, pois a fase inicial do Paulistão está chegando ao fim.


Com mais três jogos pela frente no Estadual (São Paulo, fora; Santo André, com mando santista em Barueri, e Nororizontino, fora), o Peixe terá no início de abril o primeiro jogo decisivo do ano: o “mata” pelas quartas de final do Paulistão.


Na Libertadores, o Olímpia é o próximo adversário, na Vila Belmiro, na próxima terça (17), às 21h30, fechando o turno. A equipe sai para jogar contra Delfín e Olímpia em abril e encerra a primeira fase no dia 5 de maio contra o Defensa y Justicia, em casa.


Ou seja: em um espaço curto de tempo, o Santos terá partidas decisivas. Jogos em que uma atuação como a que o time teve contra o Delfín podem comprometer uma classificação. 


Inegável que Jesualdo Ferreira já conseguiu fazer o Santos evoluir, mas é preciso estar alerta.
 


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