Aos 36 anos, longe do bom futebol que o levou até para a Seleção Brasileira, Diego Tardelli chega ao Santos. O contrato curto, válido somente até dezembro, dá a dimensão da confiança dos dirigentes santistas no negócio. Dessa forma, o que esperar do novo reforço?
A princípio, não muito. Qualquer um que acompanhe minimamente o noticiário sabe que um jogador nessas condições tem pouco a entregar. Além disso, Tardelli vem de passagens apagadas por Grêmio e Atlético-MG, seu último clube. Ainda assim, resta a esperança do resgate de um jogador que já foi importante no cenário nacional e que tem a confiança de quem o indicou, o técnico Fernando Diniz.
Outro ponto “a favor” do negócio é o histórico recente do Santos em aproveitar jogadores em condições semelhantes e se dar bem. Em 2015, Ricardo Oliveira chegou à Vila Belmiro desacreditado, com um contrato curto, e se tornou o líder do time bicampeão paulista em 2015/2016. Zé Roberto, em 2006, não parecia ser um grande reforço, mas foi o protagonista do título estadual de 2007.
Se as condições financeiras fossem favoráveis, o Santos jamais cogitaria a contratação de Diego Tardelli. Entretanto, é preciso encarar a realidade. A essa altura dos campeonatos, o Santos precisa de reforços. Não dá mais para esperar que Marcos Leonardo e Lucas Braga sejam decisivos sempre. Isso sem falar na demorada recuperação de Marinho.
Além de Tardelli, o Santos contratou Léo Baptistão, outra opção ofensiva. Menos veterano, com toda a carreira vivida na Europa, o atacante vem para fortalecer um elenco carente. Pena que as contratações estejam chegando tarde. A Libertadores e a Sul-Americana já eram, e a Copa do Brasil está na fase decisiva. Tardelli, Baptistão e outros jogadores que venham a chegar vão ter pouquíssimo tempo para se entrosar.