Sem lockdown. Mas com toque de recolher

Vivendo talvez um dos momentos mais críticos da pandemia do Coronavírus, o estado de São Paulo inteiro terá que cumprir toque de recolher a partir da próxima sexta-feira

Por: Paulo Corrêa Jr  -  25/02/21  -  09:34
Atualizado em 25/02/21 - 09:50
Entre 10 e 16 de março, foram registrados 15 óbitos
Entre 10 e 16 de março, foram registrados 15 óbitos   Foto: Matheus Tagé/AT

Antes de mais nada, é preciso entendermos a diferença entre lockdown e toque de recolher. Lockdown é a versão mais rígida do distanciamento social. Neste sistema, o estado impõe um bloqueio total. Diferente disso, o toque de recolher define um período de restrição na circulação do público. Não acontece durante todo o dia, e no caso da pandemia, permitirá a cada região seguir as regras colocadas pelo Plano São Paulo. A Baixada Santista, por exemplo, seguirá as normas da fase amarela.


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Vivendo talvez um dos momentos mais críticos da pandemia do Coronavírus, o estado de São Paulo inteiro terá que cumprir toque de recolher a partir da próxima sexta-feira, com data prevista para terminar em 14 de março, em primeira ordem. Isso será válido para todo o estado e das 23h às 5h, ninguém sem autorização ou motivo poderá circular nas ruas. Segundo o governador João Doria, haverá uma severa fiscalização para que isto seja cumprido. Segundo ele, a medida foi tomada como reflexo do crescimento acelerado de novos casos da doença e consequentemente no índice de ocupação de leitos hospitalares. O número de internações bateu recorde e tem as festas de Carnaval e o não cumprimento das normas de saúde sendo apontados como principais culpados pelo fato.


A vida sempre deverá vir em primeiro lugar. Sempre. Mas precisamos ponderar o fato de que comerciantes e empresários já sofreram demais com medidas como essa. Sem gente na rua, não existe movimentação econômica, o que gera estagnação e desemprego. A realidade é que precisamos achar alternativas para que os números da pandemia sejam controlados, sem que tenhamos que punir empregadores e empregados. A decisão terá que ser tomada pelo estado, mas a população e quem gera emprego têm o direito de opinar e se defender da crise.


Tudo isso, dentro de uma coerência. Ainda estamos longe de chegar a um número de vacinados que possa desacelerar a doença. A prevenção ainda é a melhor solução. E não teremos fôlego para esperar esse momento com as portas fechadas.


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