O fantasma do desemprego

Mesmo com a flexibilização de algumas medidas durante este período, tivemos uma mostra clara de que as coisas ainda levarão um bom tempo para voltarem a um patamar aceitável.

Por: Paulo Corrêa Jr  -  09/07/20  -  12:37
Projeto do Governo pode criar 4 milhões de empregos
Projeto do Governo pode criar 4 milhões de empregos   Foto: Fotos Públicas

Passados mais de três meses do início da pandemia e fechamento obrigatório do comércio e empresas como forma de proporcionar o isolamento social, ainda não temos uma previsão otimista de retorno das atividades. E, mesmo com a flexibilização de algumas medidas durante este período, tivemos uma mostra clara de que as coisas ainda levarão um bom tempo para voltarem a um patamar aceitável.


Alguns segmentos – por tipo de produto ou serviço que comercializam – cresceram durante este período ou, pelo menos, sentiram menos os impactos das medidas de isolamento. Como não poderia deixar de ser, o e-commerce foi um deles. Porém, é bom entendermos que o que aconteceu foi uma “troca de formato” na compra. Deixamos de estar presencialmente em uma loja ou restaurante, para efetuarmos a compra pela internet.


Uma outra parte das empresas espera ansiosa que nossa região seja incluída o quanto antes na Zona Amarela, fazendo com que a população volte a cumprir algumas rotinas, aquecendo a economia e gerando um faturamento que possibilite o equilíbrio das contas.


Mas, infelizmente, existe um percentual de empresas que não suportou essa queda no consumo e tem promovido demissões ou mesmo fechando suas portas. Parte desse triste fato deve-se à ajuda anunciada pelo Governo que, por burocracia e demais atrasos, não chegou. Segundo o IBGE, o número de desempregados cresceu no país, só em maio último, cerca de 10%. Isso, por questões lógicas, deve ter acontecido em nossa região. Ontem a empresa Atento, em Santos, demitiu de uma vez só, 480 funcionários.


Diante dessa realidade, seria importante que fizéssemos uma frente envolvendo empresários de variados segmentos, poder público e trabalhadores da cidade, para traçarmos um plano emergencial de ações que possibilitem a blindagem dos empregos e empresas vulneráveis diante do ocorrido. E isso tem que acontecer o quanto antes.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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