Tenho percebido em pesquisas de diversas cidades, que as grandes reivindicações dos eleitores não se concentram unicamente naquilo que o poder executivo deixa de cumprir. É óbvio que eles querem que suas necessidades básicas como saúde, educação, segurança, emprego, infraestrutura, cultura e lazer sejam atendidas. Mas talvez, o que os candidatos não tenham percebido, é que o morador da cidade quer algo mais simples, que não precisa de planejamento nem consome o orçamento. Muitas vezes o eleitor só quer ser ouvido. Ele quer atenção.
Eleitos, muitos prefeitos acabam por tornarem-se insensíveis às necessidades populares, em meio à rotina para administrar problemas e buscar soluções e deixam de interagir com aqueles que muitas vezes foram fundamentais para elegê-los. Esquecem de que novas demandas são diárias e que não basta apenas cumprir o que foi planejado em campanha. É necessário dividir seu tempo entre as obrigações ordinárias e demais necessidades que seguramente irão surgir durante o mandato.
Ao final de quatro anos, partem muitas vezes para a reeleição ou para passar o bastão para o indicado e percebem que muitas das coisas que foram feitas em sua gestão sequer são percebidas porque outras necessidades mais urgentes que surgiram durantes este período ofuscam suas realizações.
O mundo mudou. A política mudou.