Desde que me conheço como gente, qualquer chuva maior que uma garoa provoca caos e confusão na entrada da cidade de Santos e para quem precisa de acesso à avenida Nossa Senhora de Fátima.
Em meio às obras que ocorrem para a construção da Nova Entrada de Santos, vivemos recentemente mais uma versão de um filme catástrofe por conta das fortes chuvas que caíram na Baixada Santista. Juntou-se os problemas de uma mudança de tráfego com chuvas que foram acima da média prevista. Tragédia anunciada.
Porém, é bom deixar claro, que esse é um problema existente há décadas, sempre sem solução e jamais foi tratado decentemente por tantos prefeitos que ocuparam a cadeira. Lembro, inclusive, de ter lido várias propostas de soluções mirabolantes para esse imbróglio em “planos de governo” em épocas de campanha que, após vencida a eleição, nunca saíram do papel.
E, como filho feio nunca tem pai, continuamos a ver motos, carros e ônibus flutuando, como se fosse milagre, sobre as águas sem que nenhuma autoridade competente se exponha para, ao menos, propor um prazo e proposta para uma solução. Mesmo que sejam paliativas.
Com isso, pessoas que trabalham em São Paulo ou precisam subir a Serra perdem horas de suas vidas, compromissos, paciência e o direito de ir e vir. Somos uma região que ostenta a fama de importante para o país, porém refém de chuvas. Somos um gigante presos numa frágil corrente de algodão. E isso sem falar na péssima imagem que passamos para os turistas, responsáveis por uma boa parte de nossa economia. Chega a ser indecente.
Espero que exista um plano B para que não tenhamos que viver novamente situações caóticas como essa novamente, antes das entregas previstas para a Nova Entrada de Santos. Porque depois de tudo pronto, muita gente vai aparecer como o responsável pela solução. Quer apostar?