Ano Novo pelo avesso

O simples fato de chegarmos ao fim do ano já é uma conquista digna de uma medalha olímpica

Por: Paulo de Jesus  -  30/12/23  -  06:51
Nessa transição para o novo ano, é crucial alimentar não apenas a esperança, mas também a alegria
Nessa transição para o novo ano, é crucial alimentar não apenas a esperança, mas também a alegria   Foto: Silvio Luiz/AT

À medida que nos aproximamos do fim de mais um ciclo, é comum sermos inundados por textos, vídeos e afins repletos de mensagens motivacionais e conselhos de autoajuda. Contudo, esse ano procurei desviar desse padrão para contemplar um olhar diferente sobre essa época tão especial. Ao invés de vir aqui e repetir os clichês motivacionais, reconhecerei uma verdade essencial: o simples fato de chegarmos ao fim do ano já é uma conquista digna de uma medalha olímpica.


O meu sentimento ao encarar a chegada do final do ano foi a de cruzar uma linha de chegada, não necessariamente de uma maratona, mas de uma jornada repleta de obstáculos. Afinal, entre contas a pagar, a crescente violência, as guerras mundo afora e as pressões do "tribunal da internet" e do politicamente correto, cada um de nós é um verdadeiro vencedor por persistir e seguir em frente.


Diante desse estado de coisas, pensei em escrever a respeito de quão resilientes somos e que tudo no ano que vem será muito melhor do que o ano que está prestes a terminar. Fiquei certo de que repetiria inúmeros textos que já foram publicados ou certamente o serão nas próximas horas. Preferi então ouvir o meu coração e sem lições de moral ou mensagens repletas de significado, dizer o que penso ser importante quando estamos ao término de um exaustivo trajeto.


É fundamental reconhecer desafios e vitórias, entretanto, não esquecendo do verdadeiro espírito dessa jornada. Brindar a vida ao lado daqueles que amamos, de dançar ao ritmo da celebração e, mesmo que por breves instantes, deixar de lado os temas sérios para nos permitirmos conversas banais e divertidas. Somos adultos demais durante o ano inteiro, por que não sermos crianças um pouquinho? Fazer piadas com os amigos e, por pelo menos um momento, sentirmos a brisa da liberdade, sem julgamentos ou “lacrações” tão comuns nos tempos atuais.


Nessa transição para o novo ano, é crucial alimentar não apenas a esperança, mas também a alegria. Deixemos as reflexões e as lições de moral dos “arautos da internet” de lado, pelo menos um pouquinho e nos deixemos levar pela graça de um bate-papo trivial. Ao trocar risadas e compartilhar momentos simples com aqueles que nos rodeiam, estamos fortalecendo laços, renovando energias e construindo um alicerce sólido para enfrentar o próximo capítulo.


Diante da iminência do fim do ano, que possamos abraçar a sua chegada com leveza. É tempo de nutrir nossos corações com o calor das pessoas que amamos, de desviar por um momento dos assuntos polêmicos para nos deleitarmos com as banalidades que nos fazem sorrir. Que a esperança se faça presente em cada gesto, cada palavra, cada olhar trocado, e que o amor que cultivamos seja a luz que nos guie nessa nova etapa. Que 2024 seja repleto de alegrias, realizações e, acima de tudo, que transborde felicidade para todos nós.


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