Mulher que lutou com estuprador em Praia Grande está 'ferida na alma', diz marido
Camareira foi abordada por homem após desembarcar de um ônibus em Praia Grande
O marido da camareira de 43 anos atacada por um maníaco sexual em Praia Grande, no litoral de São Paulo, conversou com o G1 e falou pela primeira vez sobre o crime. Segundo ele, mais do que os ferimentos físicos, a mulher está ferida na alma. Por ter lutado com o criminoso, ela conseguiu escapar do crime sexual.
Segundo Carlos Patrício de Lima, de 50 anos, o maior medo da família, no momento, é que o suspeito ainda não foi preso. "Ele machucou minha mulher e causou um trauma que ela levará para o resto da vida. Mais do que os ferimentos físicos, a minha esposa está com a alma ferida", desabafa.
A camareira voltava para casa quando foi abordada no bairro Vila Mirim após descer do ônibus. Para não deixar o ato ser consumado, ela lutou com o maníaco e acabou sendo agredida com pedradas. "Imagina o quanto é difícil. Eu esperava ela chegar do trabalho e a polícia me avisa que ela foi vítima de uma tentativa de violência sexual", lamenta o rapaz.
A Polícia Civil conseguiu imagens de câmeras de monitoramento que mostram a ação. A mulher, inclusive, fez o reconhecimento do suspeito pelas imagens. Até o momento, porém, ele não foi preso. "O homem está solto há uma semana e ela tem medo de sair na rua. Não consigo deixá-la sozinha. Ela mudou muito. Não é mais a mesma", lamenta.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o caso é investigado pela Delegacia da Mulher (DDM) da Praia Grande e diligências estão em andamento para esclarecer os fatos. A SSP informou que mais detalhes não serão passados para não prejudicar o trabalho policial.
