Poderia começar essa reflexão com um tom ditatorial em que o uso da camisinha, preservativo é indispensável e que não há outra maneira de se permitir fazer sexo, mas sabemos que entre casais existem divergências sobre esse assunto, portanto vale a pena pensar sobre isso e também achar solução, pois sexo é antes de tudo encontro integração e cooperação.
Existem muitos casais que acabam se desentendendo nessa questão, se distanciando e também afetando a vida sexual. Que o preservativo nesses dias de liberdade sexual, que independente do vínculo ninguém está livre de uma atração eventual, aliás, traição nos dias de hoje tem um sentido bem diferente, mas deixemos o tema traição para outro dia, o uso do preservativo é necessário sim, para que se proteja o nosso templo sagrado que é o próprio corpo.
Mas transformar isso numa batalha é tudo o que nãos e deve fazer então pensar em possibilidades, alternativas vale a pena, sabendo sempre que não é um alvará para relaxar e usar, lavar e pensar que está pronto, mas sim fortalecer a relação a partir de uma divergência.
Dialogo é sempre a palavra chave para encontrar pontos em comum e não a desgastada e chata DR em que só as insatisfações e defeitos de cada um aparecem e nesse diálogo levar em contas necessidades de ambos. Existe união melhor que essa?
Coito interrompido, ou tirar na hora H é uma alternativa que muitos casais usam, pensando que não entrando em contato com o sêmen, já basta para proteger de doenças sexualmente transmissíveis ou mesmo de uma gravidez inesperada, o que não é eficaz nem num caso nem no outro, mas é eficaz em tirar a espontaneidade do encontro sexual na medida que interfere na entrega e na desconecção de problemas num momento em que a euforia do encontro com a paixão deveria ser a regra.
Outros métodos anticoncepcionais como o DIU, a pílula são eficazes e aprovados em relação ao controle da natalidade e numa relação fugaz, ou num relacionamento em que não há compromisso a preocupação também deve recair em proteção de doenças.
Portanto em relacionamentos casuais é impensável não usar preservativos, mas temos os casais que tem projetos de vida em comum e nesse sentido, mais intimidade e para esses fica muito mais fácil se utilizar daquele diálogo em que a base é o amor e o cuidado inserindo a camisinha no jogo erótico, nas preliminares tão importantes, utilizando-se dos preservativos de forma lúdica, cores, sabores, brincando, sem que isso se torne um problema, mas sim, uma solução.
Encontrando muitas possibilidades de utiliza-la muito além da proteção, mas como uma ponte entre os corpos, em que o desejo e o cuidado mútuo sejam o motor para seu uso ou mesmo para aprendizagem de seu uso.
E por fim, se for realmente impossível, a total transparência, entre o casal com um pacto de fidelidade firme e sincero, combinarem de não usar o preservativo, possível, muito bonito de se ver, mas sabemos muito difícil de manter na medida que não somos donos de nosso desejo e ele pode sim ,nos trair de vez em quando.