Não é só no Brasil que as passagens estão caras. Viajar para fora também tem pesado mais no bolso, lembrando que a inflação bateu nas refeições, na diária dos hotéis e nos transportes dos países ricos, para onde a maioria sonha viajar. Por isso, para quem tem orçamento reduzido ou não quer arruinar suas economias, é preciso buscar alternativas. Ao invés de ficar na mesmice do circuito Paris-Londres-Roma ou EUA, supere seus preconceitos e busque destinos mais baratos.
Muita gente passa dias ao computador pesquisando preços de passagens, mas se esquece que os gastos diários pesam bastante. Destinos como Londres, Holanda, Noruega, Suíça, Paris, Japão e Califórnia estão entre os mais caros, assim como outros bem cotados, como Grécia e Itália, pesam no bolso na alta temporada, lembrando que países de ótimo padrão de vida têm preços salgados o ano todo. Porém, há muitas opções baratas nas Américas do Sul e Central. Aliás, o Peru foi o destino para brasileiros que mais cresceu na região no ano passado, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC). No Sudeste Asiático, a Tailândia é considerada barata, mas a vizinha Camboja é mais ainda. Na África, Marrocos e Egito são bem visados, mas a Namíbia, Quênia e Tanzânia (onde está Zanzibar, mas com hotéis de luxo), com o empurrão dos influenciadores de viagens, estão caindo nas graças dos mais aventureiros.
Passagens para regiões alternativas tendem a ser mais caras (a depender da distância), porque têm fluxo menor do que uma região mais procurada, como a Europa, por exemplo. Mas o gasto diário faz toda a diferença. Basta comparar. Uma diária de hotel para abril em Amsterdã sai ao redor de R$ 1 mil, e no Camboja, onde há as ruínas de Angkor Wat, está entre R$ 100 e R$ 200, e até R$ 500 com um pouco mais de luxo. E faz tempo que Airbnb deixou de ser garantia de hospedagem mais em conta.
É óbvio que há desvantagens, no caso de destinos de países mais pobres, como transporte público precário, lembrando que poucas regiões do mundo são tão inseguras como o Brasil. Para evitar perrengues e decepções, basta pesquisar com antecedência (entre três e seis meses), estudando relatos dos blogueiros, e fazendo orçamento com passagens, hotéis, refeições, passeios e seguro saúde. Evite pendurar no cartão e poupe antes. Isso vale para qualquer destino.