Onde Investir: ETF, halving e a lição do bitcoin nos afobados

Para o pequeno investidor fica a lição de que nenhum investimento terá alta exponencial ou se dará por muito tempo

Por: Marcelo Santos  -  20/01/24  -  06:29
  Foto: Pixabay

Com a tão esperada autorização da comissão de valores imobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) para os ETFs (fundos negociados em Bolsa, na sigla em inglês), operarem com bitcoin à vista, o mercado tinha convicção de que a principal criptomoeda passaria a subir de forma vigorosa.


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Segundo esses especialistas, daqui a algumas semanas essa cotação cairia em um movimento natural dos investidores para embolsar o ganho recente. E mais para maio viria outra frente de valorização, a do halving.

É quando os mineradores passarão a receber a metade dos bitcoins em relação ao que é pago hoje a eles para processar as operações da moeda digital em seus potentes computadores. Isso está previsto na programação do bitcoin como uma forma de combater sua desvalorização por meio da escassez. Assim tem ocorrido a cada quatro anos e deverá ir até o começo do século 22, quanto não haverá mais unidades da moeda a serem emitidas.


O halving ainda vai acontecer, mas no caso da valorização por meio da autorização dos ETFs, pelo contrário, o bitcoin caiu. A moeda chegou a atingir máxima de US$ 48,9 mil no dia 11, mas à meia-noite da última quinta-feira para sexta fechou em US$ 41,1 mil. Belo aprendizado para os gananciosos ou que fizeram até empréstimos para faturar numa alta que veio.


Uma das explicações para essa decepção foi que a moeda já tinha subido o que devia, que os juros altos dos EUA ainda reduzem o fluxo de capitais para ativos de risco, como as criptos, e que as baleias, megainvestidores, derrubaram o preço (talvez uma teoria da conspiração) para acumular mais unidades baratas com fim de faturar na alta do halving, que também é esperada, mas não pode ser cravada.


Para o pequeno investidor fica a lição de que nenhum investimento, por melhor que sejam as expectativas ou indiquem seus fundamentos, terá alta exponencial ou se dará por muito tempo. Ajustes momentâneos são típicos da renda variável como forma de corrigir distorções, mas também as frustrações podem vir com força (caindo tudo!) porque não se teve o que se esperava. Ganhos acentuados no curto prazo também embutem possíveis perdas elevadas de igual tamanho, com a diferença de que a revés, na debandada, é muito mais rápido, e a recuperação... bem mais lenta.


A coluna não nunca faz recomendação de investimento. Ela é apenas informativa para o investidor, conforme seu perfil, tomar suas decisões.


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