Onde Investir: Entenda pré, pós e híbridos

Para quem vai formar reserva de emergência ou investidores conservadores, entender o conceito de prefixado e pós-fixado

Por: Marcelo Santos  -  27/01/24  -  06:40
  Foto: FreePik

Para quem vai formar reserva de emergência (resgate imediato no caso de demissão, morte na família e acidentes, entre outros), ou investidores conservadores, entender o conceito de prefixado e pós-fixado é fundamental para fazer as melhores escolhas ou aproveitar as oportunidades (como nas subidas ou quedas da Selic). Como exemplo, observe a rentabilidade do Tesouro Direto. Na última quinta-feira, o Tesouro Prefixado 2026 pagava 9,73% ao ano, o Tesouro Selic 2026 garantia Selic mais 0,0321% e o Tesouro IPCA 2029 remunerava com IPCA mais 5,47%. Veja o que isso significa.


Nos investimentos prefixados, já se sabe qual será a rentabilidade no vencimento, enquanto o pós vai depender de sua referência, como a Selic (taxa definida pelo Banco Central, hoje de 11,75% ao ano), CDI (juros dos empréstimos de um banco para outro, hoje de 11,65%), ou IPCA (inflação oficial do governo). Se um produto é oferecido apenas com uma taxa, significa que ela vai pagar apenas isso, como um CDB de 12% ao ano, por exemplo. Mas se for pós, será um percentual sobre um índice, geralmente o CDI. Se um CDB promete 100% sobre o CDI e no vencimento, daqui um ano, esse CDI tiver caído para 10%, o investidor receberá 10% (se o CDI subiu para 11%, ganhará 11%). Mas se um outro CDB paga 110% desse índice, serão respectivamente 10,1% ou 11,1%.


Há também os híbridos, que misturam pré com pós. Quando o CDB, LCI, Tesouro ou debêntures (títulos de empresas) prometem um índice mais uma taxa fixa, como IPCA mais 5%, significa que o investidor receberá a inflação (por exemplo, de 4% ao ano) mais 5% ao ano. Nesse tipo de papel, a vantagem é nunca perder para a inflação.


Mas quando valem a pena o pré e o pós? O pré é mais arriscado, pois ao investir nesse título com taxa já definida, lá no vencimento a Selic ou inflação poderão ter disparado, causando perdas. Mas com o contrário (a Selic cair), o ganho tende a ser elevado. Por isso, o pré é aconselhado para o investidor mais antenado com a economia e que aceita correr risco. Já o pós é mais para quem busca segurança, enquanto o híbrido, também conservador, permite um ganho moderado. Mas sempre se deve buscar as melhores taxas, lembrando que bancos pequenos pagam melhor que os maiores por terem menos fontes de captação de recursos.


A COLUNA NÃO FAZ RECOMENDAÇÃO DE INVESTIMENTO. ELA É APENAS INFORMATIVA PARA O INVESTIDOR, CONFORME SEU PERFIL, TOMAR SUAS DECISÕES.


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