Ações de inteligência artificial

Futuro da IA pode estar nos chips, mas mudanças são constantes e previsões ainda são arriscadas

Por: Marcelo Eduardo dos Santos  -  30/03/24  -  07:27
Inteligência artificial foi reprovada em teste sobre uso de crase
Inteligência artificial foi reprovada em teste sobre uso de crase   Foto: Reprosução/Pixabay

Se cada vez mais empresas usam inteligência artificial (IA), obviamente que companhias que produzem componentes, equipamentos e outros serviços para esse fim estão surfando essa onda. E, em alguns casos, suas ações também. O melhor exemplo é a Nvidia, que produz chips de alto processamento e em um ano sua ação já subiu 252% (se você tivesse investido R$ 1 mil em março de 2023 hoje teria R$ 3.520.


A OpenAI (ChatGPT) é sinônimo de IA porque foi a primeira a popularizar serviço com essa tecnologia, mas ela ainda não tem capital aberto em Bolsa. Mas há outras opções, segundo o Infomoney, que aponta 25 empresas. A lista vai desde a sul-coreana Samsung e as chinesas Tencent e Baidu, à Amazon, Alphabet e Microsoft.


Mas as oportunidades podem estar com as fabricantes de chips, lembrando que esse nicho está mudando apesar de mal ter começado. Os processamentos de IA hoje são feitos em nuvem e agora algumas empresas dizem que estão desenvolvendo chips para operar IA direto no computador. Fabricam semicondutores a TSMC, de Taiwan, e outras americanas, como AMD e Micron. O Governo Biden está tentando tornar o país autosuficiente nesses componentes, pois a produção se concentra em Taiwan, o que não será seguro para os EUA se a China dominar a ilha. Já a Micron, chegou a subiu 15% em um só dia na semana passada (depois sossegou), pois pode tirar proveito desse de incentivo de Biden.


Como se trata de uma novidade e o real alcance do IA é desconhecido, investir nessas empresas traz muito risco. Os ganhos poderão ser surpreendentes, mas também um fracasso. Alguns analistas começam até a falar em bolha de IA na Nasdaq. Isso significa que se ela estourar, o mercado vai fazer uma correção – as cotações despencariam, somente com as melhores sobrevivendo e se recuperando aos poucos. Se quiser investir nesse segmento, basta abrir conta em corretora nos EUA para brasileiros ou comprar BDR (títulos que espelham ações estrangeiras) na Bolsa de São Paulo. Ou investir em ETFs e fundos especializados em empresas de tecnologia.


Altcoins agitam investidores

Com o bitcoin estável, muitos investidores buscam altcoins (todas as outras criptos, exceto bitcoin). Assim, algumas delas sobem com mais força, mas o risco de queda é igualmente grande. Por isso, é preciso fazer carteira diversificada para não afundar com uma só. O analista André Franco citou três divisas de potencial (não é recomendação): ronin, stacks e pendle. Para entrar nesse mercado, entenda a utilidade de cada moeda. Se você costuma ficar nervoso nas quedas, fique longe de criptos.


Tesouro IPCA rumo aos 6%

Os papéis IPCA do Tesouro Direto continuam refletindo o pessimismo do mercado com as contas públicas. Enquanto o IPCA que vence em 2029 paga 5,73% ao ano, o de 2035 garante 5,83% e o de 2045, 5,9%. Nesse título, a remuneração soma essa taxa mais IPCA. Na semana passada o gestor Luiz Stuhlberg disse se tratar de uma grande oportunidade. Já os prefixados 2031 e 2035 estão praticamente em 11%. Se os papéis foram vendidos antes do vencimento, o investidor receberá a remuneração do momento.


Lives para aprender sobre o mercado

As lives dos especialistas em investimentos são uma ferramenta para quem busca conhecer melhor as opções, mas se concentre naqueles que mais ensinam do que os que oferecem consultoria ou vendem cursos. No YouTube, o Finanças para Ti é dedicado ao Tesouro Direto, enquanto o Lucas Fii faz vídeos específicos por fundo imobiliário. O Valor Investe tem um canal bem variado sobre tendências, enquanto o Infomoney traz muitas notícias do mercado. Evite influenciadores sem formação profissional.


Obs: Por motivo de férias, a coluna retorna em 11 de maio.

A coluna não faz recomendação de investimento. ela é apenas informativa para o investidor, conforme seu perfil, tomar suas decisões.


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