A arte de guardar dinheiro

Marcelo Eduardo Santos. Editor de Economia

Por: Marcelo Eduardo Santos  -  23/12/23  -  06:34
É importante sempre fazer a reserva de emergência para evitar surpresas
É importante sempre fazer a reserva de emergência para evitar surpresas   Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

É comum ouvir de quem não tem investimentos financeiros que nunca sobra dinheiro no fim do mês, como se fosse vítima das circunstâncias. Entretanto, há casos de sucesso de formação de poupança em todas as classes sociais, porque para esse resultado basta gastar menos do que se ganha. Assim, os juros fazem o trabalho dele, de proporcionar prosperidade ao investidor. Ninguém é perfeito, tentações aparecem a todo momento e surpresas desagradáveis também, como uma doença, morte na família, assalto, multa, entre outras situações que dão prejuízo. Por isso, é importante sempre fazer a reserva de emergência.


No caso de quem tem dificuldade em poupar, mudança de comportamento e algumas ferramentas podem propiciar um caminho de sucesso. O primeiro passo é sempre ter em mente a média dos gastos e receitas mensais. No caso de prejuízo, não tem jeito. É preciso cortar o conforto, pois para tê-lo é necessário atingir uma renda. Se não a tem, paciência, dê um passo atrás.


Conhecendo seu saldo médio e ele ser positivo, fixe um valor mensal a ser poupado, como se fosse uma conta, e jamais cair no cheque especial ou rotativo do cartão. Se você é assalariado, invista essa quantia fixa automaticamente ao receber seu salário ou remuneração, se for profissional liberal. Se aparecer uma despesa extra, use a reserva de emergência (no mês seguinte, você tem recompor essa reserva). Se o gasto não for urgente, deixe para outro mês com mais folga no orçamento. A disciplina é essencial.


Não empreste dinheiro para parentes e amigos, que são pessoas que costumam transferir para outros seus problemas financeiros. Também não desconsidere pequenas quantias, como centavos do troco do ônibus ou do cafezinho e almoço (também não pague sempre a conta achando que ela é pequena). Vai jogar na loteria? Tem muitos amigos perto do aniversário ou do casamento? Nestes casos, fixe um teto para gastar. Em casa, desligue o ar-condicionado pouco antes de sair do cômodo (a refrigeração vai durar uns 15 minutos e isso é conta de luz) e não deixe alimentos estragarem.


Agora, retorne à leitura desse artigo e estime quanto cada sugestão dada somaria na sua conta, pensando não em mês, mas em ano, para ter uma exata dimensão da fortuna que você pode estar deixando de investir.


Airdrops de criptomoedas

Se você acha difícil entender criptomoedas, há muito mais a desvendar. Quem gosta de novidades pode buscar criptos nascentes para tentar ganhar tokens (ativos digitais), ainda sem valor, torcendo por uma valorização futura. Para isso, é necessário peneirar os airdrops, projetos que buscam pessoal disposto a testar suas redes, recebendo em troca, de graça, os tais tokens. Há sites especializados nesses airdrops e as tarefas não são simples para novatos, mas vale pela aprendizagem.


Maior pagadora de dividendos

A Petrobras foi a maior pagadora de dividendos na Bolsa, neste ano, segundo a casa de análise Levante. A remuneração foi de 20% – quem tem R$ 100 em ações da empresa, ganhou R$ 20 a mais na conta. Mas, a Levante diz que a estatal prevê fazer pesados investimentos, com expectativa de redução dos dividendos, o que exige “visão cautelosa” do investidor, sugerindo alternativas, como PetroRio e 3R. (Obs.: a Metal Leve pagou 30%, mas é um ação menos negociada que a estatal).


Um ano de 13º investido

Quem recebeu o 13º e pretende guardá-lo por um ano terá um retorno de 13% ao ano em um investimento de renda fixa prefixado e de 113% do CDI no caso de pós-fixado, segundo projeção da Nova Futura Private para o site MoneyTimes. Com um 13o hipotético de R$ 5 mil, daqui 12 meses essa valor passaria a R$ 5.536,25 no prefixado e de R$ 5.492,66 no pós-fixado, já com IR de 17,5%. Para prazos curtos de um ano, não invista em renda variável, pois será difícil se recuperar em caso de queda.


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