A Policlínica Bom Retiro, em Santos, volta a realizar a vacinação contra a covid-19 nesta sexta-feira (10). A imunização que seria feita no local teve que ser transferida para o Centro de Artes e Esportes Unificados (Céu das Artes) da Praça da Paz Universal após o furto de fios elétricos ocorrido na unidade de saúde durante o feriado.
Essa modalidade de crime se tornou corriqueira não só em equipamentos de bairro, mas também em lugares de grande visibilidade – no mês passado, os refletores da orla da praia ficaram às escuras devido ao mesmo motivo. E não se trata de um ‘privilégio’ santista, atinge diversos municípios e capitais.
Se há um comprador para esse material, haverá quem o venda – ainda que à sombra da lei. Fica claro que sem a necessidade de se identificar fornecedores, clientes e o artigo negociado, a roda que move o comércio ilegal continuará girando – muitas vezes na forma de receptação. Por isso volto a falar da importância de encontrar mecanismos para, ao menos, tentar coibir a prática.
Com a finalidade de tornar uniforme a legislação sobre o problema no Estado, protocolei um projeto de lei na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) estabelecendo que as atividades de compra, venda ou troca de materiais à base de metal nos ferros-velhos só ocorram mediante o preenchimento de um cadastro.
No documento, será identificado o vendedor, o comprador, a data em que a transação foi realizada e qual o produto negociado, com a descrição de sua origem. Com tais dados, caso necessário, os órgãos de segurança podem rastrear de onde as peças vieram.
A intenção, importante salientar, não é prejudicar quem junta latinhas para vender para reciclagem (esse produto nem está previsto no PL), por exemplo. Muito menos atrapalhar o trabalho realizado nos bons estabelecimentos do ramo, que são muitos. Pelo contrário: a proposta vem tornar identificável os comerciantes que não se envolvem com atividades ilegais.