Em julho, o Grupo Tribuna realizou mais uma edição dos Diálogos da Maturidade – relevante projeto sob o comando da gerente de Projetos e Relações Institucionais da empresa, a jornalista Arminda Augusto. A questão em pauta foi o mercado de trabalho para as pessoas que passaram dos 50 anos. Um assunto importantíssimo e atual, que, cada vez mais, precisa ser debatido e analisado.
Os especialistas que participaram do encontro foram unânimes: apesar da cultura de se deixar de lado os trabalhadores mais velhos ainda existir no país (e que muitas vezes esconde o puro preconceito), as empresas que apostam no mix de funcionários jovens e experientes obtêm melhores resultados.
Morris Litvak, CEO da Maturi, plataforma focada na oferta de empregos para os trabalhadores 50+, confirmou a tendência. “Felizmente, algumas empresas estão começando a atentar para a importância da diversidade etária”, disse. “Equipes intergeracionais são mais criativas, mais inovadoras. Os mais velhos apresentam, de modo geral, características como comprometimento e responsabilidade”.
No final de 2019, apresentei um projeto de lei (PL) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que tem como objetivo justamente incentivar empregadores a contar com profissionais de maior vivência para seus quadros. A matéria prevê que a contratante de trabalhadores com idade igual ou superior a 60 anos obtenha uma redução de 3% da parcela pertencente ao Estado do ICMS.
O benefício é válido para o empregado que recebe até três salários mínimos – ou seja, contempla a parcela desse público que enfrenta maiores dificuldades financeiras. Por outro lado, o empresário sai ganhando com a diminuição no imposto e, evidentemente, a aquisição de um colaborador experimentado e motivado pela nova chance.