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A Anvisa informou que, por ora, não autoriza a realização da temporada de cruzeiros marítimos

Por: Kenny Mendes  -  01/10/21  -  06:50
  Anvisa autoriza importação de radiofármacos
Anvisa autoriza importação de radiofármacos   Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

No início de setembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que, por ora, não autoriza a realização da temporada de cruzeiros marítimos 2021/2022 na costa brasileira. Conforme o órgão, “as evidências de caráter sanitário e epidemiológico nos planos nacional e internacional” relacionadas à Covid-19 impedem a liberação. Foi um banho de água fria sobre o setor dos navios de turismo, que já vinha se preparando para reiniciar os trabalhos no fim do ano.


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Nesta semana, encaminhei um ofício ao deputado federal Guilherme Mussi, presidente estadual do meu partido (PP), apontando uma solução possível para tentar reverter o impasse. A ideia, simples, é a retomada dos cruzeiros no Brasil ser permitida ‘somente’ para os passageiros que comprovem estar completamente imunizados contra o novo coronavírus. Mussi enviou o documento para análise do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, nesta quinta-feira (30).


A sugestão tem dois aspectos importantes. O primeiro, óbvio, é o financeiro. O próprio Ministério do Turismo avalia que a eventual temporada 2021/2022 resulte num impacto de R$ 2,5 bilhões na economia nacional, além da geração de 35 mil empregos país afora.


O segundo, não menos relevante, é sanitário: a medida ajudaria a estimular aqueles que pretendem viajar nos navios, mas ainda relutam em tomar a vacina, a fazê-lo. Em outras palavras, contribuiria para aumentar o índice de imunização contra a Covid-19 no país.


Nosso ofício propõe um protocolo sanitário em que sejam obrigatórios a comprovação de vacinação com as duas doses (ou a única) e apresentação de exame PCR-RT com antecedência de 72 horas antes do embarque. Outras exigências cabíveis: capacidade reduzida em 70% do navio; uso obrigatório de máscaras nos locais comuns; medidas de distanciamento social; e gestão de risco que emprega estratégias de triagem e teste em hóspedes vindos de países e regiões de alto risco.


Acredito que, ao aliar o desenvolvimento econômico dos municípios portuários com o resgate de um turismo comprovadamente seguro, qualquer tipo de restrição contra a retomada da temporada de transatlânticos se torna despropositada.


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