Lições de qualidade de vida

A Prefeitura de Santos sancionou, na semana passada, uma lei que garante a oferta de alimentos orgânicos na merenda da rede municipal de ensino. A medida – adotada a partir de um projeto de lei da vereadora Telma de Souza – é louvável, já tendo sido adotada na Capital e outras cidades paulistas.

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Em paralelo às ações dos municípios no sentido de decidir o que pode constar do prato dos alunos, considero importante também especificarmos o que não deve ser incluído no cardápio. Penso que uma ação complementa a outra, na busca de uma alimentação mais apropriada nas unidades escolares.

Por isso, no ano passado, apresentei um projeto de lei (PL) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que tem como objetivo banir a oferta de alimentos embutidos na composição das merendas da rede pública estadual.

A escola é um local de aprendizagens. E a educação alimentar pode, sim, compor essas lições. Não é necessário ser um especialista em nutrição para desconfiar que salsicha, biscoito recheado ou macarrão instantâneo, por exemplo, não são apropriados para estarem no menu diário dos estudantes.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que o consumo excessivo de embutidos aumenta o risco de desenvolvimento de câncer, especialmente o colorretal. Além disso, tais produtos levam à obesidade, diminuem a expectativa de vida, e aumentam a incidência de doenças coronárias e de diabetes.

Embutidos industrializados têm baixo valor nutricional, com pouca concentração de nutrientes fundamentais principalmente para crianças – o público-alvo do projeto, alunos que estão em fase de desenvolvimentos corporal e intelectual.

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