Devemos ser cobrados, sempre, pela coerência

Ao se isolar, o governo atacou aliados e instituições. Nesta fase mais autoritária havia a crença de que o movimento em torno de um mito bastava

Por: Júnior Bozzella  -  31/08/20  -  11:13
Ascensão de Bozzella no partido ocorreu em meio à crise que culminou com a saída do presidente
Ascensão de Bozzella no partido ocorreu em meio à crise que culminou com a saída do presidente   Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Combate à corrupção e ao crime organizado, promoção da economia liberal e defesa da democracia. Essas foram as pautas que conduziram a vitória da direita em 2018, os caminhos por onde escolhemos seguir para mudar o Brasil, afiançados por figuras como Sérgio Moro e Paulo Guedes.


Já em janeiro de 2019, percebeu-se no governo a falta de firmeza de propósito quanto ao combate à corrupção e ao crime organizado, enquanto o COAF era completamente desconfigurado, a medida em que revelava a prática de “rachadinhas” associadas a atuação de milicianos no âmbito da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro com envolvimento do filho do presidente.


Na economia, durante as negociações da Nova Previdência, onde ainda encontrávamos ambiente favorável para reformas no Congresso, aprovamos quase tudo que era preponderante para ajudar a equalizar as contas do país, enquanto o próprio governo, pasmem, ia na direção contrária, trazendo pleitos corporativistas, não cumprindo combinados e, principalmente, iniciando um bombardeio a todas as pontes construídas de forma republicana.


Ao se isolar, o governo atacou aliados e instituições. Nesta fase mais autoritária havia a crença de que o movimento em torno de um mito bastava. Atacaram impiedosamente os que se mantiveram coerentes aos seus propósitos. Assim foi com a deputada federal Joice Hasselmann, o ex-ministro Sérgio Moro e o senador Major Olímpio. O PSL, partido pelo qual muitos de nós nos elegemos, foi tratado com desdém e desrespeito. Os ataques seguiram ao âmbito das instituições Congresso Nacional e STF. A equipe econômica debandou e Guedes já está em estágio final de fritura.


Pois bem, dizem que o tempo se encarrega de dizer quem tem razão. Eu digo que não. A resposta tem sido dada, na verdade, com coerência e o trabalho. Alguns de nós somos leais às pautas pelas quais fomos eleitos. Outros preferiram trair seus eleitores e ser leais a um mito. Mudaram-se para o Centrão e passaram a se alinhar a pautas do PT, via “toma lá, dá cá”.


E qual caminho seguiremos agora? Exatamente o mesmo... O PSL-SP seguirá firme com o seu propósito e alinhado às pautas pelas quais fomos eleitos. Temos crescido e nos organizado, e nos manteremos leais àqueles que vem ajudando a construir, com muita coerência e trabalho, o principal partido de direita do Brasil. Andamos por mais de 600 municípios com o mantra da coerência. Hoje o PSL tem, somente no Estado de São Paulo, 143 vereadores e 32 prefeitos e vice-prefeitos filiados, estamos constituídos em 500 municípios do Estado e entre prefeitos e vice-prefeitos temos hoje cerca de 300 pré-candidaturas postas. Ao todo nós temos cerca de 7.000 pré-candidatos a vereador no Estado, começando pela capital.


Com estas etapas vencidas, o PSL-SP chega às eleições municipais, e fica evidente que o propósito que nos trouxe até aqui é o mesmo que guiará nossos candidatos. As pautas de 2018 continuam firmes para a nossa gente, e devemos sempre ser cobrados pela coerência e pelo trabalho.


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