O riso e a literatura

Ler sobre humor é um santo e divertido remédio. Vamos rir juntos?

Por: José Luiz Tahan  -  23/08/19  -  20:59

Dizem que nos piores momentos da história, de grandes mudanças, como, por exemplo, nas viradas de século, se criam grandes expectativas que resultam em histeria, incertezas e, disso, nascem crenças míticas, lendas, e nos distanciamos do mundo mais racional, da ciência, do estudo.


A porta para o fantástico, o não explicado, o ocultismo, está escancarada. Pois, nesta breve crônica, darei a minha receita para estes momentos de medo sobre o futuro, sobre o chão que se abre sob nossos pés, ou o céu que ameaça desabar, ou ainda a floresta que promete queimar a nossa existência.


Vamos ler textos de humor. Sim, ler o humor nos ajudará como um antídoto, uma maneira de nos enxergarmos pelo viés do riso, até do ridículo, nos dará um espelho real do que somos, nos fará pensar com a ótica da comédia, e dessa forma nos autoexaminaremos, nos entenderemos melhor.


Posso listar aqui alguns sérios humoristas - ou você acha que humor é só a piada? Humor é coisa séria, por vezes até um xarope amargo que nos arranca do lugar solene em que nos enfiamos ou do pedestal que escalamos sem ninguém ter nos chamado.


Ler um Millôr Fernandes e seus haikais adaptados; ler as crônicas do Luis Fernando Veríssimo; ler Ariano Suassuna; ler a nova geração, o Antonio Prata, o Gregório Duvivier te fará bem, como faz bem a mim.


Se quiserem atravessar o Oceano Atlântico, conheçam os humoristas portugueses. Aqui vão dois, um mais humor, o outro mais cronista e filósofo, respectivamente Ricardo Araújo Pereira e Pedro Mexia. Se quiserem humoristas em língua inglesa, vamos de Monty Python, vejam seus esquetes no YouTube e vão me entender. Ah, conheçam um dos precursores do stand-up comedy, o americano David Sedaris, que tem livros traduzidos e publicados no Brasil.


Precisava dividir isto com vocês, a literatura de humor é a verdadeira autoajuda. Porque em alguns momentos, meus amigos, só rindo mesmo para aguentar o fardo.


Termino com uma pequena amostra do grande Millôr: - Depois da tempestade, vem a enchente.


Obrigado pela preferência, voltem sempre!


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