No último domingo (21), o casarão da Pinacoteca Benedito Calixto recebeu a 20ª edição do Dia do Surfista. Para comemorar a data, a equipe de pesquisas Histórias do Surfe (@museudosurfesantos) homenageou quatro surfistas que fizeram história na Cidade.
Em 1968, Katia Grubba Alonso venceu o Torneio de Surfe do Caiçara Clube, tornando-se assim a primeira mulher a conquistar um campeonato de surfe na Cidade de Santos. Pelo seu feito inédito e histórico, Katia foi uma das homenageadas em 2024.
Nessa mesma década, o surfe aproximou Nicola Scatigno Neto e João Estevão da Costa Neto, o Pestana, frequentadores da praia do Canal 1. Incentivado pelo amigo, Nicola tornou-se mergulhador autônomo. Os dois mudaram-se para São Sebastião e trabalharam juntos em atividades ligadas ao mergulho profissional, fazendo inspeções e monitoramento nas plataformas da Petrobras. Nicola também participou do resgate de peças do navio Príncipe de Astúrias, o maior naufrágio em águas brasileiras.
A relação de Walter Theodosio Júnior – outro homenageado do dia – com o surfe começou muito cedo e o acompanhou por toda sua vida. Walter foi um dos primeiros a comprar uma Surfboards São Conrado diretamente com o Coronel Parreiras, o visionário criador da primeira fábrica de pranchas no Brasil, em 1965, no Rio de Janeiro. A partir de 2005, com o advento do Santos Surf Festival, Walter participou ativamente dos torneios e do surgimento do Pioneiros Surf Club, confraternizando e valorizando a história.
O Dia do Surfista, por meio de Lei Municipal 2172 de 2003, de autoria do então vereador Professor Fabião – presente no evento – orgulha-se pelos 82 surfistas homenageados. Na primeira edição, em 2005, foram contemplados os quatro pioneiros do surfe brasileiro: Margot Rittscher, Thomas Rittscher, Jua Hafers e Osmar Gonçalves.
Na última década o Brasil assumiu o topo do surfe internacional, fez quatro campeões mundiais, vencendo o Circuito Mundial Profissionais em sete oportunidades, além da conquista da primeira medalha de ouro olímpico de surfe, na Olimpíada do Japão, em 2021. Nada disso seria possível sem a dedicação e a luta daqueles que desbravaram praias, venceram preconceitos, transformaram tábuas em pranchas e construíram histórias de sucesso.
O dia 21 de janeiro é uma data para o brasileiro, e especialmente, o santista, se orgulhar!
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