Motivação é para os fracos?

Por: Martha Vergine  -  08/04/19  -  14:29
  Foto: Fonte: Unsplash (Lucas Lenzi)

Quem foi o chato que disse que Motivação é bobagem. Ou pior, é coisa para os fracos.


Aff... isso me incomoda de um tanto que você nem imagina.


Tem coisa melhor do estar ao lado de uma pessoa, feliz, realizada e de bem com a vida?


Eu não disse alguém bobinho, ingênuo e lunático. O que os mais "realistas", ou mau humorados mesmo, podem pensar e falar por aí.


Eu sou rata de livraria, não posso ver uma que entro correndo (para desespero da família, que sempre me arranca com chantagens emocionais de lá). *Por medo de ser deserdada saio quando vejo que minhas desculpas para ficar estão muito ruins.


Com facilidade você me encontra no setor de livros de auto-ajuda. Sim, diferente da maioria das pessoas eu não tenho vergonha em ficar lá olhando os exemplares.


Por óbvio, existe muito preconceito com esse setor. Sou obrigada a concordar que existem motivos para tal ranço. Títulos apelativos, promessas absurdas, soluções mágicas em 18 passos e meio... realmente comprometem o nicho.


Mas, estudando um pouco sobre marketing, você começa a entender algumas coisas.


Vivemos cada vez mais numa sociedade que diuturnamente briga por sua atenção. Hoje em dia a atenção do público é um bem escasso, por isso, mais caro.


Além das mídias tradicionais, hoje temos as timelines, feeds, stories, e tudo o mais que as redes socias e aplicativos de comunicação inventam para roubar nossa atenção a todo momento.


Saudades do tempo onde a televisão era a única vilã!


Para seus olhos pararem e sua mente decidir que vale a pena investir alguns instantes de atenção naquele "objeto" (que pode ser um livro ou qualquer outra coisa) alguns gatilhos são jogados para capturar as mentes aceleradas e dispersas.


Para o cérebro tudo o que for diferente, estranho ou nojento tem o poder de despertar a atenção. Por isso que os nomes e promessas são muitas vezes chamativos (e duvidosos), é proposital. Se fosse trivial passaria batido para a maioria das mentes.


Por que estou falando tudo isso?


Porque não devemos deixar de buscar o desenvolvimento pessoal por puro preconceito.


Ao julgar um livro pela capa, perdemos grandes oportunidades de aprender conceitos, técnicas e estratégias que podem nos ajudar em diversos desafios da vida.


Muitos livros rotulados como auto-ajuda são fruto de pesquisas sérias e escritos por profissionais experientes.


Qual o problema em aprender algo que te ajude a aprimorar sua autoestima, que lhe ensine ferramentas para ter mais autoconfiança, ou que te mostre um outro ponto de vista para os seus relacionamentos?


Quem não se "auto" ajuda, em momentos difíceis vai esperar que o outro o faça. E o outro você já sabe, pode não fazer nada.


Se cada um assumisse a responsabilidade por cuidar de si, ao invés de esperar/cobrar do outro, da família ou do governo por sua condição ou problema pessoal, teríamos mais pessoas seguras e bem resolvidas.


Acho que não estou sozinha nessa ideia.


Em viagem recente à Austrália, especificamente na livraria Dymocks na cidade de Sydney, me deliciei com SEIS estantes totalmente dedicadas ao assunto MOTIVAÇÃO!


Por que aquele país, com cultura e PIB de primeiro mundo, ainda investe em aprender sobre mais sobre motivação e auto-ajuda?


Será que vale a pena? Pelo menos vale pensar no assunto.


E no que depender de mim, SIM! Cada vez mais vou me auto-ajudar a ser uma pessoa, uma profissional e uma cidadã melhor.


Onde vou conseguir esse conhecimento?


Em tudo. Vou continuar aprendendo a partir da vida real enfrentando seus desafios, com as interações com as pessoas e também dos ensinamentos dos livros (e sem preconceitos!).


E você? O que acha...


Vamos continuar o papo nas redes sociais.


INSTAGRAM @euestudocerto


FACEBOOK @euestudocerto


YOUTUBE /blogeuestudo


Tudo sobre:
Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
Ver mais deste colunista
Logo A Tribuna
Newsletter