Histórias do Carnaval: Tri na Passarela

Pela primeira vez em sua história, a TV Tribuna transmitiu, ao vivo, o desfile das escolas de samba

Por: Eduardo Silva  -  15/02/23  -  06:03
A equipe do Grupo Tribuna que trabalhou na cobertura do Carnaval 2023
A equipe do Grupo Tribuna que trabalhou na cobertura do Carnaval 2023   Foto: Reprodução

Alô, povo do samba. Foi um tremendo sucesso o desfile do Carnaval santista deste ano. As escolas se prepararam, apresentaram surpresas e muita raça, dos abre-alas às baterias. Dos casais de mestres-salas e porta-bandeiras, passistas até os baluartes de cada agremiação. As rainhas, lindíssimas, iluminaram a Passarela Dráuzio da Cruz. A retomada foi do jeito que os sambistas esperavam, com muita animação e samba no pé.


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Para o Grupo Tribuna, esse desfile foi mais especial ainda. Pela primeira vez em sua história, a TV Tribuna transmitiu, ao vivo, o desfile das escolas de samba. O narrador Antonio Marcos, os comentaristas Nina Barbosa e Luiz Linna e o convidado Mano Jota levaram ao público da Baixada Santista e Vale do Ribeira muita informação com descontração.


Na concentração e na dispersão, as repórteres Mariane Rossi e Luciana Moledas entrevistaram os artistas do espetáculo. No camarote e arquibancadas, Matheus Croce conversou com personalidades e autoridades.


Uma grande equipe participou dessa transmissão inédita. Repórteres, repórteres cinematográficos, repórteres fotográficos, produtores, editores, técnicos, colaboradores, estagiários, além do pessoal da Redação, que não esteve na avenida, mas colaborou com a elaboração e a finalização das matérias carnavalescas. Muita gente empenhada na realização deste sonho, que era transmitir o Carnaval.


E isso só foi possível por causa do apoio de todos os funcionários e setores da emissora e a ousadia do diretor de Conteúdo do Grupo Tribuna, Alexandre Lopes. Em apenas um mês, ele teve a ideia e, principalmente, a coragem, de levar esse projeto adiante. Planejou, conseguiu autorização da Rede Globo e movimentou todos os profissionais do grupo.


Curiosamente, foi um apaixonado por música sertaneja que realizou o sonho de tantos sambistas. Para quem não sabe, o Alexandre é fã de Zezé Di Camargo, mas enxergou a oportunidade de levar o Carnaval santista para a tela da TV Tribuna.


Parabéns, Alê e todos profissionais envolvidos. Exaltar o trabalho do nosso Grupo não significa diminuir todos os profissionais que já trabalharam e trabalham pela divulgação dessa grande festa popular em outras TVs, rádios e sites. Quanto mais gente falar desse evento popular, melhor para a região e para a nossa economia. E, quanto mais se falar do mundo do samba, melhor para as escolas e seus componentes.


José Eduardo Barbosa, o Lorde Costeleta
José Eduardo Barbosa, o Lorde Costeleta   Foto: Reprodução

Lorde Costeleta


Muito do sucesso do desfile de Santos se deve aos historiadores e jornalistas que, durante muito tempo, trabalharam para divulgar as escolas e seus sambistas. Um deles tem uma história de muitos anos dedicados ao Grupo Tribuna: José Eduardo Barbosa, o Lorde Costeleta. Ele colaborou demais com o desenvolvimento do nosso Carnaval.



Ele entrou no Jornal A Tribuna e foi um verdadeiro curinga. Trabalhou como ascensorista e passou por vários setores: portaria, limpeza de rotativa, oficina mecânica, compras, almoxarifado, contínuo, chefe dos serviços gerais e esteve até na antiga Rádio Itapema (que deu origem à Rádio Tribuna AM). Quando trabalhou na Redação, entrou na Faculdade de Comunicação Social da Sociedade Visconde de São Leopoldo e se formou jornalista.


José Eduardo Barbosa foi um privilegiado porque atuou na época de ouro da imprensa, quando o jornal foi comandado por nomes como Geraldo Ferraz, Juarez Bahia e Carlos Henrique Klein.


Quando foi criado o setor de Pesquisa, Barbosa trabalhou com o professor e historiador Antonio Nunes, que escrevia uma coluna de Carnaval com o apelido de Lorde Lobisomem. Quando Nunes faleceu, Barbosa assumiu a seção. Criativo, inteligente e provocador, no bom sentido, Lorde Costeleta incentivava e indicava caminhos para as agremiações produzirem melhores enredos e sambas de qualidade.


Além do jornal, Eduardo também se destacou com um programa nas rádios Atlântica e A Tribuna e, com seu trabalho, influenciou bastante, e positivamente, o trabalho de dirigentes e sambistas. Muita gente não sabe, mas o jornalista foi convidado, no início dos anos 1980, para ajudar na organização dos desfiles. Assim, ele, J. Muniz Jr. e Irineu Camargo atuaram na Comissão de Carnaval da Prefeitura de Santos.


“Nós incentivamos o surgimento de novas escolas, colocamos o quesito da ala das baianas para julgamentos e conversávamos sempre com grandes sambistas do Rio de Janeiro, procurando novidades para o samba santista.”


O amor com que José Eduardo Barbosa, o Lorde Costeleta, fazia a coluna Ensaio Geral contagiou sambistas de várias gerações.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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