Violência menor

Número de furtos na Baixada Santista caiu cerca de 45% em comparação ao mês de abril em 2018 e 2019

Por: Da Redação  -  28/05/19  -  20:12

Os números não deixam margem a dúvidas: a violência urbana vem caindo no Estado de São Paulo. Dados da Secretaria de Segurança Pública mostram que, em abril deste ano, houve queda no número de homicídios dolosos (3,3%), de roubos de carga (20,6%), roubos a banco (66,7%) e dos roubos em geral (8,6%), quando comparado com o mesmo mês de 2018. 


Os números também recuaram quanto a furtos de veículos (7,8%), confirmando sequência de redução que já dura 25 meses. Apenas os estupros aumentaram (6,4%), revelando a necessidade de ações específicas para a questão. Merece destaque a trajetória descendente dos roubos de veículos: eles caíram17,6% na comparação abril de 2019 como mesmo mês do ano passado, em queda há 30 meses em sequência. Basta notar que, em abril de2014, o número mensal de ocorrências foi de 9.015 em todo o estado; agora ele ficou em 4.069, com queda de 55%. Pesou bastante nessa situação a lei de Desmanches, que disciplina o funcionamento de locais de venda de peças automotivas, e os números são muito positivos, provocando significativa redução do preço médio dos seguros de veículos. 


Na Baixada Santista, os dados são ainda melhores. Na comparação entre os primeiros quadrimestres de 2018 e 2019, todos os crimes tiveram redução: homicídios (19,2%), latrocínios (60%), estupros (19,3%), roubos (5,5%), roubos de veículos (23,6%), roubos de cargas (18,8%) e furtos de veículos (34,3%). Não há diferenças significativas entre os nove municípios da região, revelando que a melhoria foi geral. A expressiva diminuição dos furtos de veículos ocorreu em todas as cidades, com destaque para Santos, onde o número de casos caiu de 515 para 281 (redução de 45%). Houve apenas dois latrocínios em toda a Baixada Santista entre janeiro e abril, e 42 assassinatos (haviam sido 52 no primeiro quadrimestre de 2018). 


Santos, porém, apresentou alguns números negativos: os estupros passaram de quatro para onze ocorrências, e o roubo de cargas subiu de 12 para 34 casos. Mas é inegável a melhoria generalizada nos outros crimes, revelando eficiência na ação policial. Tem razão o comandante geral da Polícia Militar, coronel Marcelo Vieira Salles, quando afirma que a queda dos índices de violência está ligada ao trabalho da corporação (envolvendo Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária), dos investimentos realizados e principalmente da maior eficiência na gestão, resultado do uso de meios técnico-científicos na prevenção, investigação e combate aos crimes. 


Não houve aumento da violência policial, nem crescimento no número de vítimas (policiais e bandidos) em ações de enfrentamento, demonstrando que o principal fator que pesa no aumento da segurança é polícia treinada, equipada e agindo nos termos da lei, empregando a inteligência como sua principal arma


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