Turimo, atividade econômica

Setor foi o primeiro a ser impactado pela pandemia, mas também tem tudo para liderar a retomada econômica da região

Por: Da Redação  -  11/10/20  -  11:45

A Baixada Santista e outras regiões do Estado ingressaram, ontem, na penúltima fase do Plano São Paulo de enfrentamento à pandemia do coronavírus, a etapa verde, quando um grau maior de flexibilidade atinge quase todas as atividades econômicas: bares e restaurantes, setor hoteleiro, comércios de rua e shoppings, entre outras.


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Essa condição, somada às privações econômicas impostas a muitas famílias e o medo da contaminação pelo coronavírus em possíveis viagens internacionais, posicionam a Baixada Santista como um dos destinos mais adequados para boa parte da população do Estado na próxima temporada de verão. Em um raciocínio simplista, é mais razoável hospedar-se nas cidades do Litoral, desfrutar das praias e da infraestrutura, do que se arriscar em países onde não se conhece a fundo o sistema de saúde na eventualidade de uma contaminação.


Para o trade turístico, a expectativa é animadora, pois o setor foi o primeiro a ser fortemente impactado tão logo se teve a notícia dos primeiros casos da doença no Brasil. Estima-se que mais de 50 atividades econômicas estejam ligadas ao turismo, em maior ou menor grau, e foram essas as mais afetadas com a pandemia. Mas é possível estimar um prejuízo maior, especialmente porque, com esses setores inativos, cai a arrecadação de impostos, em um efeito cascata.


Ainda que o cenário de médio prazo seja otimista para a Baixada Santista, não se pode tirar do radar ações que precisam ser desencadeadas para estimular essa retomada. Está na agenda da Embratur e da Anvisa, por exemplo, o estabelecimento de regras e protocolos de segurança válidos para os cruzeiros marítimos, condição ímpar para que ao menos parte dos operadores desse segmento se sintam seguros em manter a próxima temporada.


Na última sexta-feira, durante a realização do Fórum de Turismo e Eventos de Santos, organizado pelo Santos Convention Bureau, o setor turístico destacou um leque de pendências que ainda não foram resolvidas. A temporada de cruzeiros marítimos é apenas uma delas, e é legítimo que assim seja. Dos estacionamentos voltados a veículos de turistas durante os cruzeiros a fornecedores de água e flores para os navios, diversas atividades dependem dessa movimentação para se manterem vivos.


Se se considerar que o público escolhe seus destinos em função de oferta de passeios, boa gastronomia, hospedagem adequada e preço justo, é possível desenhar um cenário favorável a todos os municípios da região. Ao Estado e às prefeituras, cabe garantir as condições adequadas, que incluem não só a segurança, o policiamento e a infraestrutura mas, a partir de agora, também o zelo com as questões sanitárias.


Ao lado do Porto e dos serviços, o turismo precisa ser percebido pela Baixada Santista como um dos segmentos mais importantes da economia. E se foi o primeiro a ser impactado pela pandemia, tem tudo para também ser o primeiro a garantir a retomada econômica.


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