Informação séria

A pandemia do coronavírus exige esse tratamento por parte dos governos

Por: Da Redação  -  28/03/20  -  20:05

Para que sejam possíveis ações integradas em relação a graves questões e problemas é fundamental que todos sejam informados, com a maior transparência e profundidade possível, sobre fatos, causas, riscos e alternativas para seu enfrentamento. Esconder o que acontece, minimizar consequências de modo deliberado ou propagar informações falsas desorienta as pessoas e impede a adesão e a coordenação necessárias.

A pandemia do coronavírus exige esse tratamento por parte dos governos. O pior que pode acontecer é confundir a população e deixá-la desorientada por ações contraditórias. As decisões devem ser tomadas coma necessária prudência, baseadas em evidências e fatos científicos, seguindo protocolos internacionais, e transmitidas diariamente a todos, em atualização permanente.


Os meios de comunicação têm papel importante nesse processo. Não se trata de responder à maior demanda de notícias que a pandemia provocou; representa a responsabilidade da imprensa de informar a todos, com exatidão e na medida correta e apropriada. Pesquisa recente do Instituto Datafolha mostrou que 99% dos brasileiros têm conhecimento sobre o coronavírus, e a maioria (72%) se diz bem informada sobre a questão.

A televisão ainda é, de longe, o veículo mais importante que as pessoas utilizam para informar-se sobre o Covid-19, com 79% dos entrevistados apontando a TV como o meio mais utilizado. Confinadas em casa, é natural que todos liguem seus aparelhos e acompanhem os programas e noticiários que são exibidos. Em seguida, vêm as redes sociais, com 28%, e muito próximos, os sites de notícias e jornais, com 26%.


Um ponto relevante é a confiabilidade nas informações que são veiculadas. Ela é alta nos programas jornalísticos da TV (61%),nos jornais impressos (56%) e nos programas jornalísticos de rádio (50%). A desconfiança nesses veículos de comunicação é muito pequena (entre 11% e 12%), o que contrasta com as redes sociais. 58% dos entrevistados não confiam no que é postado no Whatsapp, e 50% no Facebook.


Fica, pois, evidente que as redes sociais não são vistas como meios confiáveis pela população. Elas constituem muito mais espaço de propaganda ideológica,utilizado para apoiar ou criticar governos ou lideranças, desprovidas de lógica, racionalidade e, portanto, tendo baixa credibilidade. As pessoas certamente continuam acessando as redes, fazendo contatos, conversando em seus grupos de amigos, mas têm a consciência que não irão encontrar nelas informações confiáveis para sua vida pessoal. 


Todos buscam conhecer a realidade. Há muito a informar: utilidade pública sobre serviços, fatos que envolvem ações do governo, debates e discussões sobre as medidas que vêm sendo tomadas, e os meios de comunicação têm papel fundamental e decisivo no combate ao coronavírus. 
 


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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