Homicídio em queda

Permanece o desafio de reduzir os furtos, que continuam afligindo e preocupando a população das várias cidades da região

Por: Da Redação  -  25/12/19  -  20:09

Confirmaram-se em novembro números de queda da violência na Baixada Santista em 2019. Nos 11 meses do ano, houve 105 homicídios dolosos (com intenção de matar) e 4 latrocínios, segundo estatísticas da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Em igual período de 2018, os crimes violentos tiveram quantidade bem maior (132 homicídios e 11 latrocínios). A queda é bastante expressiva: 20,4% e 63,6%, respectivamente.


Acompanhando tendência ao longo dos últimos meses, também caíram os roubos (7,5% na comparação entre janeiro e novembro de 2018 e 2019), os roubos de veículos (25,8%) e os furtos de veículos (13,5%). Em sentido oposto, porém, houve aumento na quantidade de estupros (6,4%) e nos furtos (10,1%). Os números absolutos desses tipos de crime revelam, entretanto, situação preocupante. Afinal, quase 13.000 roubos e mais de 23.000 furtos em 11 meses revelam alta incidência, que se traduz em insegurança permanente da população.


Pode-se dizer que, em 2019, houve em média 40 roubos e 70 furtos por dia na região, levando em conta apenas os casos registrados em boletins de ocorrência. Essa quantidade pode ser menor do que em outras regiões e estados do País, mas ainda assim exige atenção e providências das autoridades policiais.


Mas, apesar da sensação de intranquilidade que existe entre a população, que se sente ameaçada pela violência, como revelam pesquisas de opinião, é preciso reconhecer que a Baixada Santista apresenta, no que diz respeito a crimes de morte intencional (homicídios e latrocínios), situação bastante favorável, que a aproxima de padrões de países desenvolvidos.


Projetando os números de janeiro a novembro para todo o ano de 2019, chega-se a 31 assassinatos na região. A população das nove cidades somadas, segundo projeções do IBGE para 2019, alcança 1.865.397 pessoas, o que representa taxa de 6,4 para cada 100 mil habitantes, um quinto da média nacional (31,6, segundo o último Atlas da Violência, com dados relativos a 2017), e bem inferior à média do Estado de São Paulo (10,3), que registra o menor índice entre as unidades federativas do País.


Há desigualdade entre as taxas de homicídio e latrocínio entre as cidades da região. O melhor resultado está em Cubatão (2,5), seguido por Guarujá (3,4) e Santos (4,5), e os piores índices estão em Peruíbe (19,2), Itanhaém (13,9) e Bertioga (12,1), evidenciando a necessidade de ações nesses municípios, notadamente no Litoral Sul, cuja taxa, levando em conta Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe, chega a 13,5.


Não há dúvida que as polícias Militar e Civil vêm realizando bom trabalho na região, que se traduz na queda dos crimes violentos. Mas permanece o desafio de reduzir os furtos, que continuam afligindo e preocupando a população das várias cidades da Baixada Santista.


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