Ampliar o VLT na Baixada Santista

Próximo passo é ligar o trecho entre a Estação Conselheiro Nébias ao Valongo, permitindo acesso ao centro de Santos

Por: Da Redação  -  17/01/20  -  10:44

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) homologou a empresa vencedora da licitação para a segunda fase do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na região. Trata-se do trecho que liga a Estação Conselheiro Nébias ao Valongo, em Santos, permitindo o acesso ao centro da cidade. Embora com grande atraso – a previsão inicial é que essa fase estivesse funcionando em 2015 – é muito positivo que, finalmente, as obras do VLT tenham prosseguimento na região.


A expectativa é de crescimento da utilização do sistema, que vai se consolidando como importante opção de mobilidade urbana. O novo trecho, com oito quilômetros de extensão, terá 14 estações e as obras, que devem ser iniciadas neste semestre, estão orçadas em R$ 217,7 milhões, com prazo de execução de 30 meses.


Há, entretanto, risco de judicializa-ção do processo licitatório. O consórcio Conselheiro Nébias/Valongo, formado pelas empresas Odebrecht, OEC e Construção Internacional, terceiro classificado no certame, contestou sua posição, e, embora o recurso apresentado tenha sido negado pela EMTU, existe agora, após a publicação oficial do resultado, a possibilidade da Justiça ser acionada, o que provocará novos atrasos no início das obras.


Independentemente de recursos e contestações, o processo de ampliação do VLT prossegue. Sua segunda fase é vista como estratégica pela Prefeitura de Santos, uma vez que traz a perspectiva de revitalização do Centro da cidade, bem como de bairros como a Vila Nova e o Paquetá, melhorando e ampliando o acesso a essas áreas. Permitirá ainda que moradores de São Vicente que já utilizam o sistema possam chegar à região central de Santos, que concentra empregos e atividades econômicas.


É fundamental que o VLT tenha sequência. Ele só atingirá o ponto ideal quando possuir malha abrangente, atendendo a toda a população da Baixada Santista. Nesse sentido, deve ser priorizado o acesso à área continental de São Vicente, permitindo que milhares de pessoas que lá moram possam deslocar-se para suas atividades diárias de trabalho, lazer e estudo, que em muitos casos acontecem em Santos, polo de empregos e serviços da região.


Essa extensão permitirá a conexão com Praia Grande e o Litoral Sul, atendendo assim a populações ainda maiores. Ela poderá ser feita, como defende há muito tempo, o prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão, com linhas de ônibus rápidos (BRT), que traria notável avanço na mobilidade urbana regional.


A Baixada Santista, por meio de seus prefeitos, deputados e vereadores, além da sociedade civil, deve exigir do governo estadual a continuidade do VLT. A segunda fase está próxima de ser concretizada, mas é preciso prosseguir para que a região possa ser dotada de um sistema moderno e eficiente de transporte público que beneficie toda a população.


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