A comunicação está em nossas vidas do momento que acordamos até a hora de dormir. Seja digital ou presencial, estamos nos conectando o tempo todo. Mas o que nos move é mais do que passar adiante uma mensagem ou uma informação. O que nos move é o poder que podemos ter de influenciar alguém a tomar uma decisão, a fazer uma escolha, a mudar de opinião. E não há problema nisso. Seja na família, entre amigos ou no trabalho, estamos o tempo todo, consciente ou inconscientemente, procurando influenciar ou convencer o outro com a nossa opinião.
O poder dessa influência, no entanto, ganhou um status tão grande, sobretudo no mundo corporativo. A revista Forbes dedicou uma reportagem a esse tema, apontando as três principais características de uma pessoa influente e dando dicas de como direcionar nosso comportamento nessa direção. Achei bastante interessante o fato de que as 3 características que eles apresentam estão na base de uma comunicação verdadeira e eficiente. Olha só: a primeira é a Consistência, a segunda a Empatia e a terceira é a Coragem. Vamos entendê-las:
A Consistência diz respeito a coerência entre o que uma pessoa fala e o que ela faz. Ninguém gosta de ouvir a opinião de alguém que não faz o que diz. Por outro lado, gostamos e confiamos em alguém que cumpre o que promete, que faz o que fala.
A Empatia tem a ver com a capacidade de ouvir com a mente aberta. Diz respeito a quanto uma pessoa é capaz de entender o ponto de vista de outra pessoa, mesmo quando discorda de seus argumentos. Ter empatia permite que uma pessoa se identifique com as necessidades e metas do outro. É mais fácil sermos influenciados por alguém que é capaz de sentir o que nós sentimos
Finalmente, a Coragem, tem a ver com a capacidade de apresentarmos nosso ponto de vista de uma maneira clara e empática. Só ter ideias e opiniões não basta. É preciso expressá-las no momento certo e de um jeito construtivo.
No inicio dessa semana, a IPSOS, empresa especializada em pesquisas, divulgou o resultado de um levantamento com mil pessoas de diversas regiões do Brasil. O objetivo desse estudo era mostrar como os consumidores se conectam e são influenciados por celebridades. A ideia era verificar o poder de influência que algumas personalidades e influenciadores digitais têm sobre os consumidores. Diferentemente da revista Forbes, eles se basearam em sete (e não três) dimensões relacionadas a influência. São elas: atração, charme, modernidade, conduta, sucesso, alegria e confiança. A lista completa dos resultados e o ranking das celebridades você encontra no site da IPSOS
Mas quero destacar aqui, dois resultados que me chamaram a atenção:
Influenciar e ser influenciado faz parte da comunicação. É um processo que independe da nossa vontade e acontece sem que a gente perceba. Naturalmente, as “celebridades” e os “influenciadores” têm comportamentos com intenção clara de influenciar, pois existe um interesse comercial por trás de suas ações.
No entanto, saber que nem sempre os mais conhecidos são os que exercem a maior influência, reforça a ideia de que o que esperamos de uma comunicação é algo mais do que palavras. Para confiarmos e nos deixar influenciar, continuam valendo os elementos citados pela revista Forbes. Precisamos perceber se há consistência, empatia e coragem por parte das nossas celebridades prediletas, e por que não por parte das nossas celebridades particulares.