Eventos testam capacidade de retomada de atividades presenciais

A medida é importante para que a população sinta confiança nesse processo de retomada econômica

Por: Caio França  -  28/07/21  -  08:16
 A Expo Retomada que aconteceu nos últimos dias 21 e 22 no Santos Convention Center, em Santos
A Expo Retomada que aconteceu nos últimos dias 21 e 22 no Santos Convention Center, em Santos   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Organizado por entidades do setor de eventos como a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC Brasil), Associação Brasileira de Cenografia e Estandes (Abrace) e a União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios (UBRAFE), em parceria com o governo estadual, a Expo-Retomada que aconteceu nos últimos dias 21 e 22 no Santos Convention Center, em Santos, promoverá 30 eventos-teste com a finalidade de apresentar os protocolos sanitários necessários a qualquer evento que possa ser realizado e servirá de baliza para avaliar a possibilidade de uma retomada segura de atividades presenciais no turismo de negócios, de lazer, esportivo e na área de economia criativa.


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Existe um senso comum por parte dos promotores de eventos corporativos de que já seria possível, com a adoção de todos os protocolos de segurança, a realização de feiras e congressos, por exemplo. E essa iniciativa vem justamente neste sentido de comprovar para o setor público estadual e municipal de que essa retomada é possível a partir deste segundo semestre.


A medida é importante para que a população sinta confiança nesse processo de retomada econômica, com o avanço e a ampliação da imunização, inclusive nas faixas etárias mais jovens. Durante muito tempo a Covid-19 vem fazendo com que o medo da contaminação nos domine. Mas não podemos permitir que o medo nos paralise.


Em Santos, durante os dois dias consecutivos de evento, os 1.492 participantes foram testados antes de entrar na área de exposições e apenas um testou positivo para o coronavírus, sendo orientado a procurar o serviço de saúde e impedido de ter acesso ao evento. Em maio deste ano, pelo fato de a pandemia ter se estendido muito mais do que poderíamos imaginar, protocolei o Projeto de Lei nº 273/21, de caráter emergencial na Assembleia Legislativa de São Paulo com a finalidade de ajudar o setor de eventos, o mais prejudicado da economia durante a pandemia.


A propositura dispõe sobre o Programa de Auxílio às Atividades do Setor de Eventos do Estado de São Paulo - PAASESP e sugere um pacote de estímulos que incluem a facilitação de parcelamentos tributários, suspensão de IPVA para as empresas do ramo, suspensão de corte de serviços essenciais e linhas de crédito com carência de até 24 meses pela Desenvolve SP. Algumas medidas dessa natureza já foram adotadas pelo Governo Estadual, no entanto, não foram eficazes o suficiente para promover a recuperação na velocidade desejada.


O PAASESP é um conjunto de ações que objetiva garantir a sobrevivência do setor – que precisa seguir honrando suas despesas - até que suas atividades sejam retomadas sem restrições, bem como gerar a capacidade econômica para que assim que volte a operar, o setor tenha condições de fazer frente ao capital de giro necessário, bem como a margem para cobrir todo o endividamento contraído neste período.


Os eventos sociais como shows, casas noturnas, casamentos e festas em geral caminham para quase dois anos de paralisação. E pela programação do Plano São Paulo, que orienta as fases de transição da pandemia, serão os últimos a voltar a funcionar em razão da alta concentração de pessoas. O cenário continua extremamente preocupante para quem vive de arte e cultura, que abrange os empreendedores e toda a cadeia do setor de eventos como os fornecedores, prestadores de serviços, colaboradores e informais.


No retorno do recesso parlamentar vou acompanhar o andamento desse projeto de lei, que deve ser encarado como política pública essencial para que as empresas possam estar ativas no momento de retomada de suas atividades.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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