Há alguns dias falei, neste espaço, sobre os casos de banhistas que, por falta de atenção, acabam pisando em peixes da espécie bagre que ficam pendurados, na maior parte dos casos, em seus pés. Nas últimas temporadas, dezenas de histórias semelhantes pipocaram nas redes sociais.
Um outro animal, porém, também merece atenção, já que os casos envolvendo queimaduras causadas por 'caravelas-portuguesas' não param de crescer. Os animais tem aparecido cada vez mais nas praias da região e são muito mais perigosos do que os próprios bagres.
Em Mongaguá, uma criança ficou ferida ao ter contato com a caravela. Apesar de parecer inofensiva, segundo especialistas, o contato do animal com a região torácica, especialmente em crianças, pode acarretar uma parada cardiorrespiratória. Isso significa que o ferimento pode ser fatal.
A menina de 11 anos brincava no mar, com uma amiga, quando sentiu a ardência na perna. Ela ficou com a marca causada pela queimadura e precisou passar por atendimento médico de emergência. A recomendação, neste caso, é não mexer no local e procurar ajuda.
Esse incidente aconteceu na praia da Vila Atlântica. Os ferimentos, por sorte, ocorreram apenas na perna direita, na altura do tornozelo. No mesmo dia, há relatos de pelo menos outros dois banhistas queimados no mesmo local. Todos passa bem.
Recentemente, centenas de caravelas-portuguesas apareceram nas praias de Cananeia e Ilha Comprida, que são muito procuradas por turistas, especialmente na época do verão. Como estavam, em grande parte, na área da areia, ninguém acabou se machucando gravemente.
Segundo o biólogo Eric Comin, o surgimento do animal é normal e ocorre por conta da correnteza marítima afetada por um fenômeno de massa de água chamado Água Central do Atlântico Sul (ACAS).
Qualquer contato com a caravela-portuguesa deve ser evitado, já que oferece grande risco por conta das possíveis queimaduras de terceiro grau, causadas graças aos seus tentáculos que soltam uma substância extremamente urticante.