Uso de tecnologia por produtividade domina seminário portuário em Santos
Inova Portos, promovido pela SPA, prossegue nesta terça (23)
A busca por mais produtividade, usando a tecnologia como aliada, especialmente em elementos como a tecnologia 5G e o advento da chamada internet das coisas (IoT, da sigla em inglês Internet of Things).
Esse tema dominou o primeiro dia do Inova Portos, evento promovido pela Santos Port Authority (SPA) e que prossegue nesta terça-feira (23) no Parque Balneário Hotel, no Gonzaga, em Santos.
De acordo com o presidente da companhia, Fernando Biral, a inovação é o que movimenta a melhoria de uma série de processos na dinâmica do Porto de Santos.
“O 5G é mais uma tecnologia dentro de algumas já existentes que são fundamentais para o setor portuário, pela necessidade de rastreamento constante das mercadorias”, exemplifica.
O diretor de Negócios para a América Latina da Nokia, Renato Bueno, explicou que o setor portuário é um dos que mais demandam a utilização da tecnologia 5G. “A razão disso é o uso nas soluções autônomas e semiautônomas, que requerem câmeras de vídeo com uma densidade muito grande dentro do terminal”, exemplifica.
CEO da Associação Brasileira da Internet das Coisas (Abinc), André Martins lembra que a presença da IoT faz parte do horizonte do Porto, mas não com uma única solução.
“Aqui, temos uma experiência boa sobre qual rede seria ideal para conectar os dispositivos. Não tem uma resposta única. É um conjunto. Mas ter uma empresa que faça uma boa arquitetura de IoT é o que vai definir o custo de um projeto.”
Tecnologia e pessoas
O diretor de Gestão e Sustentabilidade de Furnas, Pedro Brito, apresentou o exemplo da companhia, onde a presença da cultura de inovação pôde antecipar movimentos, como a adequação ao home office na pandemia.
“Quando a gente foi para o trabalho remoto, já tinha um estudo feito sobre home office, além de um estudo de cloud, de levar todos os dados para nuvens. Quando veio a pandemia, as pessoas foram impactadas, mas numa mentalidade que foi potencializada”, relata.
Segundo ele, também há um estudo para a adoção do 5G nos 35 mil quilômetros de linhas de transmissão da empresa.
Startups trabalham para melhorar logística portuária
Campo prático para inovações tecnológicas, as startups investem esforços em melhorias significativas na logística portuária. Soluções que permitem racionalizar sistema de atracação ou eliminar a ociosidade de caminhões estão entre as soluções apresentadas no Inova Portos.
“Quando dois embarcadores estão na mesa e demonstram suas rotas, ali dá match. Somos o Tinder (aplicativo de relacionamentos) da logística. Eles utilizam nossa plataforma para dividir sua ociosidade. No Porto de Santos, nosso foco é integrar o ecossistema portuário, para trazer competitividade, e o frete não seja um problema”, explica o fundador e diretor de Operações da Logshare, Glauber Alves.
Dividir informações e melhorar a qualidade nas operações de atracação é o desafio da Navalport, de acordo com seu desenvolvedor de Novos Negócios, Alexandre Salvador.
“Nossa intenção é a integração dos players envolvidos numa operação portuária numa plataforma comum. Integrada à ação de navios, vamos poder gerar notificações, saber se estão atrasados e notificar as pessoas responsáveis por aquela operação.”
