Túnel Santos-Guarujá será feito com PAC e parceria público-privada, diz ministro
Em entrevista, Rui Costa deu detalhes sobre o novo programa e a realização da obra
Atualizado em 26/07/23 - 08:28
O túnel Santos-Guarujá será construído através de Parceria Público-Privada (PPP) e entrará nas obras do novo Programa de Aceleração e Crescimento (PAC). A afirmação foi feita pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, ao falar sobre o lançamento do programa.
"Esta obra (túnel Santos-Guarujá) estará no PAC. Nós estamos dialogando com Estado de São Paulo, com ministro dos Portos. Mas ela deve ser feita numa modelagem de PPP, utilizando inclusive recursos que o Porto de Santos tem, porque isso vai ajudar muito na trafegabilidade do porto também, além de, evidentemente, melhorar a mobilidade urbana", declarou o ministro em entrevista à TV BandNews, nesta terça-feira (25).
Rui Costa disse que a União deverá colocar cerca de R$ 60 bilhões por ano no novo PAC, o que deverá somar por volta de R$ 240 bilhões ao longo de todo o governo Lula.
Segundo ele, o volume total de investimentos será maior porque haverá atração de recursos privados. Na mesma conversa, disse que o lançamento do novo PAC será em 11 de agosto.
Dialogo com São Paulo
O pedido para incluir a obra em um projeto de PPP veio do Governo de São Paulo, que também participará dos trabalhos.
Em junho, a Autoridade Portuária de Santos (APS) fez um requerimento ao Estado pedindo um projeto feito pela extinta Dersa, em 2012, sobre a ligação-seca. O mesmo já tem licenças ambientais concedidas.
Investimento e obras
A expectativa da APS é de dar o pontapé inicial nas obras em 2024. O prazo estimado para finalizar os trabalhos é de 4 anos - deve terminar em 2028. O investimento para construir o túnel que ligará Santos e Guarujá está estimado em R$ 5,850 bilhões.
A estimativa é de que o preço da tarifa seja semelhante ao já praticado na travessia de balsas entre os dois municípios - atualmente, R$ 12,30 para carros e R$ 6,20 para motos. As travessias litorâneas são administradas pelo Estado.
Em junho, o presidente da APS, Anderson Pomini, disse que a entidade estatal já possui R$ 2,5 bilhões no caixa para a execução da obra.
“Nós já contamos com R$ 2,5 bilhões no caixa e a licitação será promovida pela própria Autoridade Portuária, tendo em vista os retornos importantes para a sociedade, para a economia e para as operações portuárias”, afirmou Pomini na época.
