Túnel Santos-Guarujá: Governo de SP estuda solução para obra sair do papel
Natália Resende explicou que orçamento e modelagem da obra estão sendo estudados
Atualizado em 21/03/23 - 12:10
Sonhada há décadas, a ligação seca entre as cidades de Santos e Guarujá, no litoral de São Paulo, segue sendo discutida entre os governos Estadual e Federal. A secretária de Estado de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, abordou o tema nesta segunda-feira (20), ao anunciar reformas na travessia de barcas entre os dois municípios.
"Estamos estudando duas coisas em conjunto. A concessão patrocinada das balsas (à iniciativa privada) e a concessão patrocinada do túnel. Temos um estudo bem desenvolvido e um projeto executivo já testado por empresas holandesas, que têm know-how em relação a esses serviços", declarou, em visita a Guarujá.
Natália explicou que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) já conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros do Governo Federal sobre o tema e reforçou que o Estado está aberto ao diálogo.
"Na mesma reunião em que a gente qualificou o projeto das balsas, qualificamos também a travessia seca. A gente está vendo questão de orçamento, modelagem jurídica e modelagem econômica. Uma coisa não tira a outra. A gente consegue conciliar as duas coisas. Para o usuário é a melhor coisa, ter essas estruturas boas e com qualidade".
A proposta
Enquanto ministro da Infraestrutura no governo de Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio de Freitas planejou a construção de um túnel que conectasse as margens portuárias, entre os bairros Macuco, em Santos, e o Pae Cará, no Distrito de Vicente de Carvalho, em Guarujá.
A construção do túnel seria feita como investimento obrigatório a partir da desestatização da Santos Port Authority (SPA), gestora do Porto de Santos, com investimento de R$ 3 bilhões. Entretanto, este ano, o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, descartou a concessão total da Autoridade Portuária.
Agora no comando do Estado, Tarcísio mantém conversas com a União para discutir os valores, a verba e a participação de cada um no projeto, que ainda não possui data para sair do papel.
Recentemente, o Governo de São Paulo começou a buscar investidores da iniciativa privada para viabilizar a construção do túnel. França, por sua vez, garante que a solução para o túnel pode sair de forma rápida e com recursos do Governo Federal.
