Três empresas vão gerenciar Ferrovia Interna do Porto de Santos
Autoridade Portuária anuncia aprovação de VLI, MRS e Rumo
Atualizado em 17/10/22 - 18:27
A Santos Port Authority (SPA) anunciou nesta segunda-feira (17) as três empresas ferroviárias aprovadas para compor a gestão da Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips): VLI, MRS Logística e Rumo. A estimativa é de que o contrato seja assinado ainda este ano.
A partir de agora, as três companhias terão até 45 dias para apresentar o plano de transição operacional, com o objetivo de "garantir a transferência segura e sem interrupção das operações ferroviárias no Porto", segundo a Autoridade Portuária. A cessionária deverá implementar o plano de transição no prazo máximo de 90 dias.
Caberá ao grupo, formatado por meio de contrato associativo, fazer a gestão, operação, manutenção e expansão do empreendimento pelo prazo de 35 anos. Além disso, deverá promover investimentos de R$ 891 milhões, em até cinco anos, a partir da aprovação dos respectivos projetos executivos pela SPA.
Saturação e obras
A capacidade ferroviária do complexo portuário de Santos está próxima da saturação, com 94% de utilização. A expansão ganha importância para poder dar vazão, de forma eficiente, à movimentação futura, que tem como projeção dobrar no prazo de cinco a dez anos.
Atualmente, a capacidade ferroviária do complexo portuário é de 50 milhões de toneladas por ano. Seriam necessários 115 milhões de toneladas/ano para escoar o volume oriundo das ferrovias que chega ao Porto de Santos.
As principais intervenções previstas são um pátio ferroviário entre o Canal 4 e a Ponta da Praia, com três vias férreas para atendimento aos terminais de celulose; viadutos para eliminação de passagem de nível na região do Canal 4-Marinha; passarelas de pedestres entre o Canal 4 e Ponta da Praia; pera ferroviária, dois viadutos e passarela na região de Outeirinhos; e um novo viário da segunda entrada da Margem Direita do Porto de Santos, no Saboó.
Inovação
O contrato associativo é uma das principais inovações da Fips. Nele, as empresas ferroviárias realizarão uma gestão cooperativa baseada na autorregulação administrativa e operacional. Elas compartilharão custos, sem finalidade lucrativa. Durante a vigência contratual, a cessionária realizará, a cada dois anos, chamamentos públicos para garantir o ingresso de novos associados.
