A Terminal Investment Limited (TiL) - do Grupo MSC - uma das maiores operadoras de terminais de contêineres do mundo, anunciou a intenção de realizar investimentos no Brasil que somam R$ 17 bilhões, que incluem o Porto de Santos. O anúncio foi feito na última segunda-feira (22), após reunião de representantes da multinacional com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante uma hora, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Entre as medidas a ampliação do contrato de arrendamento no Porto de Santos no valor de R$ 4 bilhões, sendo R$ 2 bilhões já investidos e outros R$ 2 bilhões referentes ao aditivo. As melhorias em Santos incluem a aquisição de equipamentos, expansão e aprimoramento do pátio, automação, reorganização de portões e substituição de defensas, que deverão ser realizadas em até 72 meses após assinatura do aditivo.
Há ainda a previsão de investimentos de R$ 3 bilhões em projetos para o aumento da profundidade do canal no Terminal da Portonave (Santa Catarina), e outros R$ 10 bilhões em novos investimentos, totalizando R$ 17 bilhões em projetos em prospecção no Brasil nos próximos anos.
A reunião em Brasília contou com o ministro de Portos e Aeroportos (MPor), Silvio Costa Filho, que, ao lado de Lula, recebeu o presidente global do Grupo MSC, Diego Aponte; o CEO Global da TiL, Ammar Kanaan; o diretor de Investimentos, Patricio Junior, e o presidente da MSC Shipping no Brasil, Elber Justo.
Segundo a assessoria de Lula, Diego Aponte afirmou que o Grupo MSC acredita muito no “potencial infinito” do Brasil, no grande mercado em crescimento, na estabilidade institucional e no capital humano.
Aponte disse que o Brasil assume cada vez maior protagonismo estratégico para a empresa, que prepara novo plano de investimentos no país, centrado na modernização de infraestrutura portuária, no crescimento do setor de cruzeiros e no desenvolvimento de novos negócios, incluindo o setor aéreo.
Lula disse que o País não pode perder mais chances de promover o crescimento econômico “que resulte em melhores condições de vida para as pessoas. Não há nenhuma explicação para que tenhamos fome no Brasil”.