Summit discute gargalos, traz exemplos e busca soluções ao Porto de Santos

Encontro promovido pelo Grupo Tribuna em Brasília reuniu empresários, especialistas na área e autoridades

Por: Maurício Martins  -  02/09/22  -  07:21
Atualizado em 02/09/22 - 07:24
O evento traçou um diagnóstico de como a falta de investimentos em infraestrutura afeta a produtividade e aumenta os custos
O evento traçou um diagnóstico de como a falta de investimentos em infraestrutura afeta a produtividade e aumenta os custos   Foto: Antonio Molina/Divulgação

Os gargalos logísticos de Santos e de toda a cadeia portuária brasileira foram destaque no Summit Portos 2022, realizado nesta quinta-feira (1º), em Brasília. O encontro reuniu empresários, especialistas na área e autoridades da Capital Federal. O evento traçou um diagnóstico de como a falta de investimentos em infraestrutura afeta a produtividade e aumenta os custos do setor.


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“Um dos principais desafios que temos é a expansão da capacidade. Comportamos 160 milhões de toneladas e este ano a gente deve movimentar cargas muito próximo disso. Então é vital essa discussão. Nós fizemos leilões ao longo dos anos para que a gente possa expandir a capacidade e isso vai se concretizar nos próximos anos. Mas temos que pensar em infraestrutura a longo prazo, estamos falando num horizonte de 20 a 30 anos”, diz Fernando Biral, presidente da SPA.


Foram três painéis. No primeiro, foi feito um diagnóstico do atual momento, com a dificuldade que o setor privado tem para investir, os portos não aumentam a capacidade para escoar cargas, o que leva à formação de filas de navios e caminhões e gera prejuízos de bilhões de reais.


No segundo painel, os participantes trouxeram exemplos das melhores práticas internacionais que poderiam ser usadas no Brasil, como os investimentos em tecnologia que geraram mais eficiência no em portos como o de Valência, na Espanha.


“O Brasil tem uma capacidade imensa de melhorar a infraestrutura portuária, não apenas os portos e terminais, mas também a acessibilidade aos terminais. É um pacote. O Brasil tem caminhado para a direção correta, com empresas querendo fazer investimentos nos nossos portos. Mas precisa acelerar esses investimentos”, frisa o CEO da BTP. Ricardo Arten.


Para o gerente-geral da Eldorado Brasil Celulose, Flávio da Rocha Costa, explica que como a empresa dele opera nos Estados Unidos, Europa e na China, é possível ter vários exemplos para comparar com o Brasil.


“Um desses exemplos é a ferrovia. Se você compara a malha ferroviária do Brasil com os Estados Unidos e com a Ásia, estamos bem atrás. Isso acaba encarecendo os custos e não dando produtividade para a nossa operação, até porque o agronegócio sai da região central do País para buscar os portos para exportação. Então essa parte é fundamental”.


No terceiro e último painel foram abordados os desafios para seguir esses exemplos e aumentar a competitividade portuária brasileira. E os desafios a serem enfrentados já foram traçados.


“Todas as dificuldades que temos estamos endereçando ao Governo – e quando fala Governo é em geral, não só o Executivo – para que a gente possa cada vez mais trazer dinheiro estrangeiro para ser investido no Brasil. O principal é que o Governo nos de uma segurança jurídica, previsibilidade, isso é importante para qualquer investidor”, ressalta o diretor da Terminal Investments (TiL), Patrício Júnior.


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